Não, este não é um título de algum anúncio de agência de
casamento. Este é o clamor de uma sociedade angustiada e ansiosa por resgatar
seus homens. Não são as mulheres solteiras
que precisam de homens, mas as
crianças desprovidas de exemplos e
referenciais; as escolas carentes da figura masculina; as famílias
sedentas de autoridade e segurança; a igreja
desfigurada pela omissão de seus homens e os próprios homens necessitados de amigos autênticos. Há um exército
inumerável de mulheres casadas que não
precisam de outros homens, mas que aqueles com quem se uniram cumpram
seu papel dentro do casamento. Elas estão
cansadas de tomar a frente, a iniciativa,
o controle, estão cansadas da independência.
Querem apenas um homem ao seu lado.
O problema é que o conceito de masculinidade foi
dramaticamente alterado, tristemente empobrecido, inexplicavelmente
mediocrizado. Hoje ser homem refere-se à promiscuidade; a omissão e irresponsabilidade são suas marcas. Quanto mais
frios e insensíveis, mais se sentem homens; quanto mais ausentes da vida
familiar, mais respeitado são pelos seus
iguais. Sua dignidade está ligada ao seu sucesso financeiro, no mercado
de homens ele vale o quanto tem. Se for rico
ou bem sucedido, se tiver uma carreira eficiente
e admirada ele jamais será considerado um fracasso, apesar da família
desagregada, dos pais abandonados, dos filhos desorientados, da esposa alienada de sua vida, da convivência familiar
vazia e da própria vida sem significado. O problema é que o homem de hoje está muito longe do propósito de
Deus e da necessidade humana.
Deus criou um líder (I Co. 11:3), o pecado o fez dominado. Deus lhe
deu autoridade (Ef. 5:22 e 6:4), mas ele preferiu a comodidade do ostracismo.
Deus queria um exemplo (I Pe. 5: 1 a 4), ele perdeu sua identidade. Trocou a autoridade pelo autoritarismo, o amor pela insensibilidade, a gentileza pela
indiferença; a santidade por suas paixões, sejam elas quais forem. A sociedade
não precisa de "machos", ela clama por homens. O sentimento comum é que as pessoas estão cansadas
dos modelos de heróis caricaturados e corruptos da mídia, de homens que têm
apenas músculos, estética, inteligência ou
riquezas para serem vistos. O que precisamos? Apenas homens, não perfeitos, nem semi-deuses, apenas homens de Deus.
Assim,
faltam-nos referenciais, exemplos e padrões.
E somente a fé pode gerá-los ou resgatá-los. O autor da epístola aos
Hebreus renova a nossa esperança ao falar,
em meio à chamada galeria da fé, de
homens que foram martirizados por uma sociedade que os considerou indignos de viver, contudo "mundo não era digno deles " (Hb. 11:38). Que Deus faça com que os
homens presbiterianos sejam dignos do seu evangelho (Fp. 1:27).
Rev Jôer Correa Batista.
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