quinta-feira, 23 de maio de 2019

Tecnologia e o risco do vazio.


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Dentre as muitas doenças psiquiátricas diagnosticadas ultimamente, acrescenta-se mais uma ainda quase desconhecida: em inglês, FOMO: Fear Of Missing Out”, literalmente “medo de estar perdendo algo”. 

Do que trata esta doença? 
Trata-se da compulsividade em se alimentar de informações e notícias todo o tempo, da dependência de likes, curtidas, e notícias, relevantes ou não, que são veiculadas a todo tempo nas mídias sociais como Facebook, twitter ou Instagram.  

Recentemente comecei a limpar meu Facebook com quase 2000 amigos, embora, eu mesmo, muito pouco acesse este aplicativo. O que descobri? Que a maioria das pessoas que publicavam fotos e comentários eu sequer conseguia me lembrar delas, ou precisava fazer um enorme esforço para um mínimo de associação necessária. Então, me perguntei: por que eu deveria saber alguma coisa sobre pessoas, se sequer sei quem são? A partir de então, decidi apertar a opção: “deixar de seguir as publicações desta pessoa”, e assim pude valorizar mais aquelas que realmente conheço e com as quais possui alguma conexão emocional. Num clique, elas desapareciam. Pronto!

Pesquisadores do comportamento humano estão percebendo que o sentimento de aceleração temporal encontra-se presente naqueles que ficam mais tempo conectados ao mundo virtual e digital. O “medo de estar perdendo algo”, aumenta a ansiedade e está ligado à depressão.

Pesquisas recentes do Ibope demonstram que 50% dos internautas afirmam não conseguiriam ficar longe dos seus eletrônicos. Alguns adolescentes afirmam que não conseguiriam viver sem celular e que preferiam morrer a ficar sem conexão, e algumas crianças tem rejeitado o convite de seus pais para visitar os avós ou passarem um final de semana na chácara ou fazenda porque lá não possui internet. 

Três dicas para vencer este perigo moderno: 

Primeiro, não fique todo o tempo olhando seu celular. Coloque-o intencionalmente de lado, por quatro horas, e não o atenda. Mesmo que você seja tentado a fazê-lo. Você verá que 99% das cem mensagens que você receberá, neste espaço de tempo, na maioria das vezes, não tem caráter urgente nem valor permanente. Você não perdeu nada importante!

Segundo, viaje para uma fazenda e fique incomunicável. Talvez você sofra inicialmente com isto, mas tente se desgrudar do aparelho. Pode ser uma experiência interessante e transformadora. Dá par viver sem internet, pelo menos um tempo...

Terceiro, Não se assente à mesa para jantar com amigos ou parentes, em casa ou no restaurante, tendo o celular do lado. Não olhe o seu aparelho, deixe-o dentro da bolsa. Isto aumentará consideravelmente a qualidade da conversa. Pode ser que você já não saiba mais fazer isto, mas você reaprenderá. Se você não consegue fazer isto, ou se é compulsivamente levado à tentação de olhar, provavelmente você está entrando no vazio e ansiedade característicos do “FOMO”.

Rev Samuel Vieira.

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