quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

NAMORO MISTO






Por que você não deveria namorar (ou casar ) um descrente?


Introdução:

Este é um assunto que pode parecer desnecessário, afinal, podemos pensar que uma pessoa que ama a Deus não consideraria gastar todas sua vida, dividindo sua vida familiar, com alguém que não tem a mesma compreensão das coisas eternas. Infelizmente, esta não é a realidade.

Queremos considerar alguns relevantes princípios que podem ser aplicados a qualquer cristão pensando em casar (ou namorar) alguém que não ama Jesus com todo seu coração.

Na segunda carta de Paulo aos Coríntios, a Palavra de Deus nos ensina: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Co 7.14-18)

A Bíblia nos recomenda a não colocar nosso pescoço debaixo da mesma canga, fazendo nossos planos e sonhos com alguém que não possui a mesma compreensão espiritual que temos.

O que é “Jugo desigual”?
Primeiramente, são pactos e associações com Instituições filosóficas/religiosas que não conhecemos bem e que comprometem o Reino de Deus – Por exemplo, envolvimento com seitas místicas. No Brasil é muito comum pessoas cristãs, inadvertidamente, se tornarem membros da maçonaria. Para alguém ser admitido na maçonaria, no seu rito de entrada (também chamado de batismo), a pessoa deve declarar: “Estou nas trevas em busca da luz”. Apesar de negarem este aspecto da religiosidade, eles usam termos próximos de uma religião. Por exemplo, a loja deles é chamada de Templo. Podemos encontrar estes títulos claramente apresentados na Davis Square e Church St, em Massachussets, onde surge o termo “Masonic Temple”. Já tive presbíteros que eram mais fiéis à reuniões maçônicas que a reunião de oração.

Ao escrever este texto, o apóstolo estava muito preocupado com a distinção que os cristãos tinham que fazer com os ídolos. Vinham de uma sociedade pagã, onde conviviam sem nenhum problema como vários deuses, e ele tenta demonstrar que o Deus que agora servem é um Deus exclusivo, que não reparte sua glória com ninguém, por isto não deveriam participar de sociedades com demônios ou de comidas sacrificadas a eles.

O texto nos adverte para não nos envolvermos ou fazermos qualquer pacto que possa dividir nossa atenção. Nada que distraia ou nos envolva em compromissos e pactos que nos distanciem de Deus.

2. Rituais místicos que podem criar alguma ligação com obras demoníacas- É comum pessoas sem muito conhecimento do que significa ser cristão e imaturas na fé, participarem de brincadeiras e atividades aparentemente inocentes que estão relacionadas ao demônio. Algumas destas incluem meditação e levitação, tabuas de Ouija, a aparentemente inocente brincadeira do copo, a consultas a videntes, cartomantes ou quiromantes. No Rock in Rio (2011), a direção do evento, convidou 50 pais de santos para darem passes às pessoas que participavam do evento. Foram construídas pequenas tendas, onde podiam receber passes. É curioso que nenhum pastor ou padre tenha sido convidado...

Outro perigo que surge nesta área é a linha tênue entre parapsicologia e demonismo. Muitos se envolvem com supostas práticas parapsicológicas, e na verdade estão andando na linha do demônio, sem o saber. Parapsicologia e demonismo possuem uma linha divisória muito pequena.

Um dos meus diáconos em Goiânia, Sr. Jabes de Souza Santos, nos relatou ser comum em sua casa, antes de aceitarem a Jesus, que num encontro da família chamassem as crianças entre 3-5 anos, e pedirem que as mesmas colocassem seus dedos mindinhos ao redor de uma pesada mesa de madeira, para a levitarem. Todos os adultos ficavam ao redor e aquela cerimônia “despretensiosa” era praticada. Perguntei-lhe porque não fizeram mais depois de sua conversão e ele me respondeu que eles, misteriosamente, não tinham mais prazer nestas coisas.


“Jugo desigual” tem a ver, primariamente com envolvimento com ídolos e outros deuses. A Bíblia conta que Salomão se envolveu com muitas práticas terríveis. “Seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos moabitas; assim, fez Salomão o que era mau perante o Senhor”. 1 Rs 11.5,6 O texto é claro ao afirmar que “Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses, e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor, seu Deus, como for a o de Davi seu Pai”. I Rs.11:4


A gente pensa que estas coisas não acontecem atualmente, mas sabemos de pessoas que saíram da graça de Deus para oferecerem altares a deuses falsos. Um dos casos mais conhecidos no Brasil é o de um ex-professor do Seminário do Norte, que casou com uma babalorixá e hoje, embora não se curve diante dos sacrifícios, está ao lado de sua esposa para comprar as coisas que ele precisa e fazer suas oferendas aos demônios, enquanto ela invoca as entidades para as sessões que são feitas. Definitivamente fez vínculos com demônios e coisas sacrificadas a ídolos.


Negócios altamente rentáveis, cujo enriquecimento é lícito do ponto de vista da lei, mas contrários à lei de Deus e à nossa consciência. Muitos cristãos podem adquirir ações em bolsas ligadas a cassinos, clínicas de aborto, pesquisas genéticas reprovadas pela ética cristã como clonagem de seres humanos e células troncos com abortivos. Investimentos em hospitais que subsidiam propaganda homossexual ou projetos anti ecológicos que trazem danos à natureza ou subsidiam guerras e conflitos militares. Jugo é “canga” usada para colocar dois animais juntos. O que a Bíblia nos ensina que o crente não pode fazer nenhum vínculo com a pessoa que não comunga da mesma fé. Não pode se atrelar a ela, colocar a canga no seu pescoço e no do outro que não conhece a Deus. O texto é mais objetivo na questão da idolatria e adoração a outros deuses. Como cristãos não podemos ter vínculos que comprometam nossa fidelidade a Deus. Estou absolutamente certo de que o problema de Daniel em não querer se envolver com o vinho e a carne do rei era pelo vínculo idólatra que isto criava.

Nesta categoria ainda se incluem sociedade com pagãos. O Homem do mundo tem valores diferentes do homem que serve a Deus. O mundo age com base no lucro e no sucesso. Embora o homem cristão possa trabalhar nesta perspectiva, este não pode ser o nosso último alvo ou final. Antes disto, devemos buscar a glória de Deus e adorá-lo com nossa vida.

Vínculos afetivos ou comerciais com pessoas que são hostis ou rejeitam o evangelho e a Jesus -
Proposta de trabalho onde você não pode testemunhar a Jesus, ou no qual você tem que se silenciar acerca do que você crê, ou mesmo defender comportamentos e princípios éticos que você condena. Existem cristãos aceitando isto, enquanto grupos e ativistas gays tem espaço para expressar suas atividades e fazer suas propagandas temos nos intimidado com o Evangelho. Existem muitos saindo às ruas para defender marcha de gays e vadias, e não saímos às ruas para defender princípios éticos e valores ligadas à família.

Casamento com pessoas contrárias ou indiferentes ao Evangelho. É o que convencionamos chamar de “Casamento misto”. O maior de todos pactos humanos, é, sem dúvida, o casamento. Colocar-se num jugo desigual, pode trazer danos tremendos à vida daqueles que amam a Deus. Muitas pessoas cheias do Espírito Santo perderam sua vida de piedade e reverência a Deus depois que se envolveram com uma pessoa sem Jesus. Canga igual para animais de hábitos diferentes é complicado. Tente colocar uma canga num cabrito e num boi, ao mesmo tempo...

Estar casado com alguém que não ama a Deus é um preço muito caro! Por que? Casamento, depois da decisão de seguir a Cristo, é a maior e mais importante de sua vida. O problema é que muitos cristãos começam um namoro acreditando que isto não seja algo tão sério,


a)- Primeiro, porque a Bíblia fala contra isto ; A Bíblia afirma que o casamento deve ser “somente no Senhor” (1 Co 7.39). Contudo, existem várias justificativas para que a gente queira ignorar isto. Ou, veja o que este texto diz: “Qual a comunhão entre o crente e o incrédulo?”. O apóstolo Tiago afirma que devemos “acolher a palavra da verdade, com mansidão”. Nestas horas, geralmente as pessoas reagem e ficam indignadas porque Deus diz certas coisas que eles não gostam. Em alguns casos, se rebelam e fazem do jeito que querem fazer, contrariando frontalmente a Palavra da verdade. É bom lembrar, que os princípios de Deus são dados para a vida, portanto, “nunca devemos violar os princípios de Deus se desejamos ganhar ou manter as bençãos de Deus” (Andy Stanley). Deus não tem compromisso com a infidelidade. A quebra de princípios pode não levá-lo ao inferno, mas podem trazer o inferno até você.


b)- Segundo, porque os interesses são diferentes. Uma pessoa sem Deus pensa e age de forma diferente daquele que ama a Deus. O crente pensa nas coisas relacionadas à missão e ao reino de Deus, enquanto o homem sem Deus, busca fazer as coisas para sua carne. Mesmo que o que fazem não seja, necessariamente ruim ou eticamente condenável. O problema é a motivação. O lazer do cristão é diferente, as férias possuem objetivos diferentes e as prioridades são diferentes. No domingo de manhã, o crente quer ir para a Escola Dominical, o descrente, para o clube; No carnaval, o crente quer ir para o retiro, o descrente, para a folia.


Quais são as justificativas mais comuns para um casamento misto?

Jaime Kemp apresenta algumas das mais comuns no seu livro “Namoro, Noivado, casamento e sexo”.

Þ Estou somente namorando, não temos intenção de nos casar…


Þ Nós temos tanta coisa em comum...


Þ Não sei se ele é crente, estou namorando a pouco tempo e ainda não tive condições de verificar isto...


Þ Ele não é crente, mas é um cara legal...


Þ Creio que ele (a) está aberto (a) ao Evangelho...


Þ Ele quer que nossos futuros filhos freqüentem a Igreja...


Þ Eu lhe falei que só namoraria pessoas crentes, e então ele aceitou o Evangelho...


Þ Conheço poucos rapazes (moças) crentes, meu círculo de amizades envolve mais pessoas descrentes...


Þ Ele é mais cavalheiro que a maioria dos rapazes que eu conheço...


Þ Ele não é crente porque não quer ser hipócrita...


Qual é o problema do casamento misto?

O casamento misto não tem uma base cristã para o lar. O ambiente dele não é o seu. O problema no Brasil ainda é maior porque todos dizem que tem uma religião cristã. Você quer um casamento nos princípios e propósitos de Deus? Onde vocês podem orar juntos para resolver seus problemas pessoais? Na hora da crise vocês tem uma rocha comum?

Outro aspecto a ser considerado: É muito mais fácil alguém te puxar para baixo, que você levá-la para cima.

A recomendação bíblica é muito clara. O casamento tem que ser no Senhor. “Fica livre pra casar com quem quiser, mas somente no Senhor” (1 Co 7.39). A liberdade restringe-se a um vínculo com uma pessoa que possua as mesmas convicções quanto à sua fé.

Isto nos leva a considerar outro aspecto muitas vezes esquecido. Muitas pessoas namoram pessoas que andam perifericamente na igreja, e até mesmo a freqüentam com certa regularidade, acreditando que ela é cristã por causa disto. Mas o fato de alguém cultivar certa presença numa comunidade ou mesmo se batizar nela, não significa que ela tem compromisso com Deus.

Deixe-me fazer algumas perguntas para você checar se esta pessoa ama o Senhor ou não:


Þ Ela é comprometida com a Palavra de Deus?


Þ Tem interesse em orar e buscar a Deus?


Þ Está envolvido com a Igreja local?


Þ Tem amor pela obra?


Þ Prega e ensina a Palavra de Deus?


Þ Tem sede de crescer em Jesus?


Þ Já assumiu o compromisso de ser verdadeiramente um discípulo de Cristo?


Estes pontos ajudam a clarificar a vida de uma pessoa que está “No Senhor”.


Testemunho:

Uma vez que você entrega seu coração e suas emoções para alguém, você ficará surpreso ao notar quão difícil será uma ruptura, mesmo quando você sabe que é necessário tomar tal decisão. Uma jovem cristã escreveu a seguinte carta para seu conselheiro:

“Tenho 16 anos e sou filha de missionários no Oriente Médio. Eu tenho mantido um relacionamento de intimidade com o Senhor e recentemente encontrei um garoto na escola que não é cristão e estamos namorando por três meses. De início acreditei que estava tudo certo, afinal eu não estava me casando com ele e nem tinha intenção de fazê-lo, uma vez que ele não tinha um compromisso pessoal com Jesus, mas ultimamente encontrei alguém que me afirmou que eu estava errada e que eu não deveria manter este tipo de relacionamento desde o princípio”.
“Uma noite ele veio à minha casa, e eu estava ouvindo um CD de música evangélica, e ele ironizou as letras dizendo que eram letras tolas e riu do que ele chamou ´deste estranho Jesus´. Quando ele saiu, senti-me profundamente ferida pela forma como ele zombou das coisas de Deus, e eu realmente me senti profundamente triste, chegando à conclusão de que deveria por um fim em nosso relacionamento, mas está sendo muito difícil porque nós temos um carinho muito grande um pelo outro e eu estou com medo de que o meu testemunho enfraqueça se o nosso namoro acabar. Eu realmente tenho pedido ao Senhor que me dê sabedoria. Gostaria de pedir que orasse por mim sobre este assunto”.

Este é o típico caso de rapazes e moças cristãs que oram por uma decisão depois de terem assumido o relacionamento. Ela não precisa de sabedoria para saber o que fazer, o que ela precisa é de graça e poder para fazer aquilo que ela sabe que está errada, afinal, “Que comunhão há entre o crente e o incrédulo?”. É muito fácil permitir que nosso coração dirija nossa consciência ou nossa obediência. Uma vez que seus desejos demandam prioridades, seu zelo por Deus facilmente esmaece. Nossas emoções são poderosas e podem facilmente nos controlar, afinal, “Enganoso é o coração, e demasiadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr. 17.9). precisamos sempre indagar se temos sido orientados pela Palavra de Deus ou pelos nossos sentimentos.

Quando Caim pecou contra o Senhor, Deus veio admoestá-lo e reorientá-lo, já que ele havia se distanciado completamente de sua vontade. Sua palavra é muito oportuna: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7). Desejo precisa ser dominado, e apenas quando os submetemos a Deus, eles poderão estar sob controle, já que no nosso coração existe uma predisposição para o engano, como afirma o profeta Jeremias. Precisamos dominar nossos desejos, para que eles não nos dominem e nos animalizem.

Esclarecimento necessário:

Creio ser interessante fazer outro comentário sobre casamento misto. Já vi alguns dizendo: “Estou casado com alguém que não ama a Jesus, logo o meu casamento não pode ser abençoado por Deus, porque é um casamento misto” Pessoas assim estão apenas tentando justificar seu fracasso no casamento, mas buscando uma justificativa espiritual para romperem seu matrimônio. O que a Bíblia ensina àqueles que já estão casados?

Dois textos podem nos ajudar nisto:

I Co 7.12-14: “Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos”.

Portanto, não pode pairar nenhuma dúvida sobre o fato de que uma pessoa casada com um descrente está autorizada por Deus a se divorciar.

1 Pe 3.1-2: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor”.
Há uma promessa de Deus que, pela atitude cristã da mulher temente a Deus, o marido incrédulo vai ser despertado para a salvação e conhecerá a verdade do Evangelho. Esta é uma promessa que pode revolucionar nossa história.
O nosso texto base, tem sido a 2 Carta de Paulo aos Coríntios. Este texto é um texto forte, que nos leva a avaliar seriamente alguns vínculos que temos estabelecido. Neste texto, Paulo tira esta idéia de “jugo desigual”, ou “canga desigual”, da vida agropastoril.

O que vem à sua ideia quando você fala de “Jugo desigual?’

Na zona rural é muito comum vermos bois levando cargas pesadas, mas atados por uma peça de madeira no pescoço. O nome que se dá a esta peça é canga ou jugo. São animais da mesma espécie colocados juntos para fazer um trabalho especifico. Eles são cuidadosamente treinados para responder aos mesmos comandos. O fazendeiro geralmente coloca dois animais do mesmo tamanho, força e temperamento porque sabe que precisarão trabalhar juntos. Se um animal desequilibra, o outro terá que fazer uma força extrema, porque a tarefa é dada para ser desenvolvida como uma equipe. Se estiverem fora da sintonia possivelmente o equipamento poderá se quebrar, sofrerão ferimentos, haverá confusão e o trabalho nunca será feito. Afinal, “andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” (Am 3.7).

Por isto é que a Palavra de Deus recomenda que casamento deve ser feito, “apenas no Senhor” (1 Co 7.39). Caso você deseja servir ao Senhor no seu lar, então ambos precisam de um acordo para que a tarefa seja realizada. Este princípio é realmente simples, por isto me impressiona que tantos ainda decidam ignorar a Palavra de Deus e agir sem considerar seus princípios.

A Bíblia apresenta algumas razões para que o Jugo desigual não aconteça:

a)- Porque o Evangelho não é inclusivo e tolerante com todas as coisas: (2 Co 6.17). Deus nos chama para sermos santos, separados. Por natureza o cristianismo precisa ser diferente.
ü “Retirai-vos”- (2 Co 6.17)- Esta é uma forte afirmação. Ser cristão envolve ruptura com tudo aquilo que compromete a santidade de Deus. “Sede Santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.16). Todas as exigências éticas de Deus para o seu povo podem ser resumidas neste chamado: “Sede santos”. Apesar da simplicidade óbvia, a ordem tem sido encarada com grande confusão, negligência e receio dos crentes e escárnio dos incrédulos. Deus exige santidade de seu povo.

ü “Não toqueis” (2 Co 6.17)- Esta afirmação nos leva a considerar que é necessário um ruptura com certos processos e atitudes de nossa vida. Associação ou envolvimento com determinados comportamentos e rituais, comprometem nossa santidade com Deus.

b)- Porque existe uma diferença de conteúdo: As perguntas que são feitas no texto, são retóricas, isto é, levam-nos a responder da forma como são feitas. “Que comunhão entre Luz/trevas; crente/incrédulo; Justiça/iniqüidade; Cristo/maligno?”. Todos estes elementos são contrários na sua natureza e essência. As trevas não comungam com a luz, a justiça não se associa com a iniqüidade, Cristo se opõe ao maligno, e o crente não pode se associar e pactuar com o incrédulo. Porque são, por sua natureza, como água e óleo.
A proposta aqui não é para um isolamento monástico nem fuga do mundo. O apóstolo Paulo já esclareceu esta questão na carta anterior que escreveu. “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo” (1 Co 5.9-10). A questão, porém, tem a ver com vínculos, pactos e associações que fazemos. E certamente a aliança do casamento está no centro desta questão.

c)- Porque associações nos comprometem - A Bíblia conta a história interessante dos gibeonitas em Josué 9. Quando ouviram o que Israel fizera a Jericó e Ai, duas cidades prósperas e vizinhas, resolveram pactuar com o povo de Israel , e para isto fingiram vir de longe, vieram com sandálias rotas e sacos velhos e odres de vinhos rotos e trouxeram um pão seco e bolorento dentro dos sacos de viagem. Assim fizeram um pacto com o povo de Deus. A Bíblia diz que o povo de Israel não pediu conselho ao Senhor antes foram enganados e fizeram aliança acreditando que eram pessoas vindas de longe, quando na verdade eram vizinhos, estavam no caminho e na terra que o povo queria conquistar, por isto Israel foi impedido de guerrear contra eles.
Muitas pessoas, ainda hoje, sem o saber, envolvem-se com coisas satânicas, para serem agradáveis e populares. Tomem cuidado com os vínculos, pactos e associações que são feitos, muitos destes compromissos podem estar desagradando a Deus.


4. Porque precisamos rejeitar coisas impuras – (2 Co 6.17). Nossa vida deve ser uma vida de pureza e santidade aos olhos de Deus. A sociedade atual é extremamente inclusivista, licenciosa e tolerante até com o pecado e com o mal, e deseja unir trevas com a luz. Deus diz que é necessário pagar o preço para sermos aprovados, e este preço muitas vezes é da impopularidade e do radicalismo. Precisamos lembrar do status que recebemos de Deus, que nos chamou para sermos seus filhos (2 Co 6.18).


Certa vez, Luiz XIV, um jovem príncipe, herdeiro da coroa francesa teve que ser deportado para não morrer. No seu exílio, foi morar com muitos guerreiros e soldados que tinham uma péssima conduta ética, e ele ainda adolescente tinha que suportar todas as provocações, os soldados se excediam nas bebidas, gritarias, mau temperamento e brigas, além da licenciosidade moral, fornicação e prostituição. Quando lhe perguntaram porque não agia como os demais, ele respondeu de forma segura: “Porque um dia serei o rei da França, e isto não é um comportamento digno da realeza”. Ah! Se nós entendêssemos a vocação e o chamado que Deus nos tem dado e qual a suprema grandeza de sua glória, certamente seriamos mais prudentes e cautelosos na nossa ética, para glorificar nosso rei.

Conversões de conveniência

Em geral, tenho muita dificuldade em fazer casamentos mistos. Condiciono sempre o casamento a alguns encontros com os noivos, para abrir meu coração e falar do propósito de Deus para suas vidas. Eventualmente faço apelos para conversão, evangelizando pessoas durante tais encontros.

Por desejarem que eu realize a cerimônia de seus casamentos, não é muito difícil encontrar pessoas que “aparentam” ter uma certa espiritualidade, e para desfazer qualquer possibilidade de continuar mantendo um contacto fundamentado numa mentira, afirmo diretamente que não condiciono o casamento ao fato da pessoa fazer parte da comunidade na qual sou pastor. Aprendi que isto elimina qualquer predisposição para a hipocrisia e as conversões de conveniência.

Por outro lado, vejo rapazes e moças crentes, namorando descrentes, e criando uma “cláusula” nos relacionamentos: “Só me casarei com você, se você se converter”. É obvio que se o descrente está apaixonado pela pessoa crente, como não possui qualquer compromisso espiritual, facilmente concordará em “se converter e se batizar”, mas será que realmente esta pessoa teve uma experiência com Jesus e entendeu o plano de Deus para sua vida? Em geral, tais compromissos mostram-se superficiais, logo após o casamento.

Nunca confiei em uma conversão deste tipo. Não seguimos Jesus por causa de alguém, este não é o tipo de discipulado que Jesus deseja; mas seguimos a Cristo por causa dele mesmo.

“Namoro Missionário”

Eu não estou muito certo quando surgiu o termo “namoro missionário”, mas ele é mais que apropriado para ilustrar o que falamos. Imagine você – uma jovem cristã, cheia de zelo por Deus - indo para uma tribo remota de nativos para evangelizar o perdido e sentindo grande peso espiritual pelo charmoso filho do chefe da tribo. Ele parece interessado em Deus e você gasta um bom tempo na esperança de trazê-lo para o Senhor...

Então, sem que você saiba, sua amiga de uma sociedade missionária recebe um cartão postal dizendo que ela está se casando e não volta mais. Será que ele se converteu? Bem, na verdade não – mas ela está confiante de que em breve isto acontecerá. Enquanto isto, ela está tentando organizar as coisas da casa, na sua cabana cheia de ídolos (que não verdade, ela não pensa em adorar...) e sonhando com um futuro maravilhoso que construirão juntos.

Se você ouve falar de uma situação como esta, deve se perguntar quais são as chances desta garota encontrar real felicidade – ou dela professar seu amor pelo Senhor? Suas ações certamente parecem contradizer aquilo que ela realmente afirma crer.

O Jogo do Namoro

Vivemos dias em que os jovens tem tratado o relacionamento de namoro como algo superficial e vazio. Uma música contemporânea reflete bem este pensamento moderno: “Já sei namorar, já sei beijar de língua, agora só me falta sonhar... Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo, e todo mundo me quer bem” (Tribalistas). Esta idéia de “ser de todo mundo” é uma grande falácia. Ninguém é de todo mundo, todos nós precisamos de intimidade e responsabilidade nos nossos relacionamentos, caso contrário, haverá muitas feridas e dores.
O resultado tem sido o conhecido conceito de “ficar”. Embora “ficar” seja um verbo que dá idéia de estabilidade, neste caso ele expressa algo efêmero e passageiro. “Ficar”, na linguagem moderna significa se entregar a alguém durante um tempo curto, sem nenhum compromisso ou envolvimento afetivo. Namoro tem se tornado algo vazio e pecaminoso.
Tenho a convicção de que namoro não deve ser feito de forma superficial, e muito menos sem a aprovação de Deus. Ouvi certa vez a afirmação de que “namoro é para se conhecer, noivado é para planejar e casamento é para executar”. Embora não estejamos certos de que vamos casar com a pessoa que namoramos, uma vez que a estaremos conhecendo, é prudente pensar que estaremos nos conhecendo porque a outra pessoa se tornou interessante. Antes de um envolvimento, devemos ser capazes de ver as qualidades de um sincero amor de Deus na vida desta pessoa, e os frutos de sua fé também devem ser claros.
É natural que você comece a namorar alguém com quem você já esteja observando sua forma de ser por algum tempo. Para iniciar um namoro, que é um relacionamento mais profundo, você deve entrar quando o Senhor lhe mostrar que este passo deve ser dado. Se você teme ouvir um não de Deus, muito provavelmente você não está interessado em saber sua vontade para sua vida. Isto é um sinal vermelho de que alguma coisa vai mal no seu processo de seguir a Cristo, já que você não está realmente interessado em segui-lo.
Muitos estão num casamento miserável, porque ignoraram a orientação de Deus, e resolveram seguir seus próprios desejos e a voz de seus corações. Estão aprendendo lições de uma forma muito dura. Casamento é um pacto indissolúvel, selado por Deus, e a Palavra de Deus nos ensina que “O que Deus juntou, não o separe o homem” (Mt 19.7), e que “Deus odeia o divórcio!” (Ml 2.16).
Quando falamos do casamento, estamos nos referindo a um compromisso de uma vida de amor, honra, cuidado – até que a morte nos separe! Então, como fazer uma aliança com alguém que não ama Jesus?

Apelo aos que ainda não tomaram uma decisão em ser um discípulo de Cristo

Muitos ainda não quiseram fazer pactos com a Igreja e com o Evangelho. Fazer pactos é dizer, “eu assumo, eu me comprometo”. Não fazem tais compromissos por causa do medo dos vínculos! É importante, porém, reconhecer que o Deus do Evangelho é um Deus pactual, Deus das alianças, que exige compromisso e deseja nossa fidelidade plena, sem reservas.
Alguns nunca disseram: “Eu aceito, eu me envolvo, eu entrego meu coração a Jesus e meu rendo ao convite de ser um discípulo”. Se você ainda não assumiu compromisso porque ainda não aceita o Evangelho é coerente e razoável que não deve assumir tal compromisso. Agora se você já aceita, e por razões familiares, comodismo ou negligência tem negligenciado ao adiado esta entrega incondicional, você ainda não tem a vida, porque não a entregou a Jesus. Lembre-se do que Cristo afirmou: “Quem me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante do Pai que está nos céus. Quem, porém, me negar diante dos homens, eu o negarei no último dia”. Mt.10:32,33. O Deus da Bíblia é um Deus do pacto, da aliança, do compromisso. Por isto a palavra afirma: “Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração…”

Conclusão:
A dura realidade é que aqueles que amam a Jesus e se casam com descrentes, jamais terão a experiência da plenitude de um casamento como Deus planejou. Nunca experimentarão a verdadeira intimidade se estarem unidos nos vínculos do amor de Jesus. Verdadeiras alianças só podem ser construídas debaixo do altar do Senhor.
Confie no Senhor, ande em obediência, e Deus satisfará suas necessidades no Seu tempo e da Sua forma. Confie no Senhor de todo o seu coração e não te estribes no teu próprio pensamento. Não se engane! Quem verdadeiramente ama o Senhor, nunca vai comprometer sua história com alguém que ama o mundo.
Ore sinceramente ao Senhor, pedindo-lhe para que oriente seu coração para que ele não se afaste dos ensinamentos do Senhor. Se você está pensando em se casar com uma pessoa descrente, ter um lar cristão, temente a Deus e que busca seguir os mandamentos de Deus, criando filhos na disciplina e temor do Senhor, como você espera alcançar estes objetivos se seus desejos são tão distintos?

Creio que é isto que o texto da Palavra de Deus está ensinando: “Que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?”. Que Deus possa abrir o seu coração e mente, na medida em que você, sinceramente, busca fazer sua vontade.
Rev. Samuel Vieira

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CARNAVAL - FESTA DA CARNE




Mais uma celebração vem por aí. O Brasil é tradicionalmente conhecido como o país do carnaval. Normalmente esta festa da carne, esta celebração pagã acontece no mês de fevereiro de cada ano. Em todas as cidades e principalmente nas capitais, milhares de pessoas se preparam para o tão sonhado acontecimento. Em algumas regiões semanas inteiras são dedicados aos foliões que se habilitam a percorrerem as principais avenidas atrás de um carro de som extravasando suas emoções e suas paixões carnais.

Um Site da Bahia faz o seguinte convite: "Pule o carnaval Carnal, lúdico, dilacerador, espiritualizado, físico, o Carnaval da Bahia é a maior festa urbana do Brasil, criada e mantida pelo povo. Uma manifestação espontânea, criadora, livre, pura, onde todos são-com maior ou menor competência-sambistas, frevistas, loucos dançarinos, na emoção suada atrás do som estridente, eletrizante, do trio. Ou no ritmo calmo, forte, tranqüilizante, orientalizado, do afoxé, incorporado num só movimento. Um ato de entrega, de transe e êxtase, de liberação de todas as tensões reprimidas e da envolvência absoluta entre o real e o fantástico, capaz de, num único e frenético impulso, balançar o chão da praça."

Fantasias das mais variadas cores extravagantes e modelos com criatividades sem precedentes, desfilam pelas passarelas. O culto à sensualidade já marca o compasso de espera e é a marca registrada dos componentes, dos integrantes das escolas de samba que desfilam seus carros alegóricos em meios às luzes dos refletores e câmaras de TVs tentando focar os corpos desnudos das mulheres em meios aos gritos desconexos vindo das arquibancadas abarrotadas de multidões esperando suas escolas passarem para serem aclamadas e reverenciadas como um culto explicito ao paganismo declarado.

Durante quatro dias toda esta movimentação aparentemente harmoniosa com ritmos atordoantes e alucinantes regados a bebidas alcoólicas e sexo sem limites enchem ilusoriamente o coração de seus participantes nos variados clubes das noites, na esperança de poderem neste espaço de tempo ceder sem nenhum temor a Deus às suas luxurias, na ignorância de que na quarta-feira confessando os seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas, serão de seus pecados perdoados como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta celebração.

Talvez você não concorde comigo, porém Infelizmente o maior inimigo do ser humano é a sua ignorância. A ignorância têm cegado o entendimento, a lucidez da mente, porém Deus declara com muita rigidez em sua Palavra, a Bíblia as seguintes advertências:

Num.14:18-O Senhor é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração.

Rm. 8.5-8,12-14 - que "os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus. Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

Gal.5:13,24-Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade par dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

Gal.6:8-Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

Amigo(a) internauta. No período de carnaval do ano 1976 eu me preparava mais uma vez para celebrar esta festa pagã com meus primos, quando Deus mudou radicalmente a história da minha vida. À convite de meu irmão Nilson R. Gouvêa escolhi participar naquele ano de um retiro de jovens em um local chamado Acampamento Clay na cidade de Paracambí-RJ. Em meio a vários jovens, Deus restaurou a minha vida naqueles dias. Deu-me uma nova visão da Vida Eterna, perdoou os meus pecados. A seguir Deus me preparou, me capacitou, me deu uma esposa maravilhosa, filhos maravilhosos e um ministério que pretendo continuar desenvolvendo com a Graça Dele até os últimos dias da minha vida. Nestes vinte e oito anos de vida com Deus não me arrependo um só instante daquele período de carnaval em que tomei a mais sábia decisão de todos os tempos, ou seja, Entregar-me sem reservas a Único e Soberano Deus dos deuses, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Naquela oportunidade impar lembro-me da declaração de entrega que fiz ao Senhor. Eu disse para Ele com toda sinceridade:"Senhor. Eis a minha vida em tuas mãos. Faz da minha vida aquilo que tu queres". Todas as bênçãos que tenho continuadamente obtido do Senhor teve a sua origem nesta simples, porém sincera declaração de entrega.


Hoje querido(a) amigo(a) Deus está lhe dando uma oportunidade através deste breve comentário. Ele quer que você mude, cancele os seus planos de "se envolver neste carnaval". Tome a melhor decisão de sua vida. Escolha Jesus Cristo.

Veja que você pode fazer:

1. Se arrependa de seus pecados

2. Confessá-os ao Senhor

3. Peça que Jesus faça morada em sua vida

4. Ande em novidade de vida.


Tome uma decisão inteligente e racional. Saia da ignorância e pare de ouvir os pedidos do diabo para que você se envolva mais uma vez este ano. Jesus está pronto para libertá-lo (a) desta prisão que você se encontra. Venha para a Vida, Venha para Jesus.

A verdadeira vida você só encontra em Jesus.

A verdadeira alegria está em Jesus

A verdadeira paz é Cristo Jesus

Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

Em minhas palavras finais quero incentivá-lo (a) a procurar uma Igreja evangélica mais próxima de sua casa.



Pr. Nélson R.Gouvêa 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A Cruz de Cristo



A morte de Cristo na cruz é um fato central para o cristianismo. É interessante que é da palavra latina “cruz” que vem a palavra “crucial”, isto é, central, importante. Para os budistas, não importa muito como Buda faleceu, mas faria toda a diferença do mundo para os cristãos se Jesus tivesse morrido de um ataque cardíaco nas praias do Mar da Galiléia e não crucificado no alto do Gólgota.

A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado. Numa pesquisa recente feita na Austrália, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, ficou claro que o símbolo da MacDonalds (o arco dourado) e o da Shell (uma concha amarela) eram muito mais conhecidos do que a cruz.

Muitos dos que a identificam ofendem-se com ela. A cruz de Cristo é motivo de ofensa para muitos hoje, como foi na época em que os primeiros cristãos começaram a falar dela como o caminho de Deus para a salvação. O apóstolo Paulo escreveu:

“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus . . . nós pregamos a Cristo crucifica¬do, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Coríntios 1:18,23).

A feminista Deloris Williams é um exemplo moderno de pessoas que se ofendem com a cruz. Ela declarou: “Acho que não precisamos de uma teoria em que os pecado têm que ser pagos pela morte de alguém. Acho que não precisamos de um cara pendurado numa cruz, sangrando, e outras coisas desse tipo” (1999, conferência Re-Imagining God).

Podemos compreender a repulsa natural que as pessoas sentem pela cruz. A execução por morte de cruz era algo terrivelmente cruel. Na verdade, era sadismo legalizado. Foi provavelmente uma das formas mais depravadas de execução jamais inventada pelo homem. Nada mais era que morte lenta por tortura. E realmente funcionava. Ninguém jamais sobreviveu a uma crucificação.

Mas para os que crêem, a cruz faz perfeito sentido. A salvação do homem só pode ocorrer através de uma satisfação dada à lei de Deus, que o homem quebrou e tem quebrado sempre. Somente Deus pode perdoar. Mas somente o homem pode pagar. Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, colocou-se no lugar do homem, como representante dos que crêem, e sofreu a penalidade merecida, satisfazendo a justiça divina.

Até mesmo pensadores não cristãos afirmam a necessidade da punição merecida. O pesquisador C. A. Dinsmore examinou as obras de Homero, Sófocles, Dante, Shakespeare, Milton, George Elliot, Hawthorne e Tennyson, e chegou à seguinte conclusão: “É um axioma universal na vida e no pensamento religioso que não pode haver reconciliação sem que haja satisfação dada pelo pecado” ("Atonement in Literature and Life" republicado 2013),  .

Portanto, para os que crêem, a cruz é mais que um símbolo a ser levado no pescoço ou pendurado nas paredes da igreja. É o caminho de Deus para salvar todo aquele que crê.

Maridos Solitários, Esposas Solitárias



O isolamento de outras pessoas nem sempre é ruim. O próprio Jesus tinha o hábito de isolar-se regularmente das multidões e ficar a sós com Deus, depois de um dia de trabalho em meio às multidões. Nessas ocasiões, ele orava e renovava suas forças. 

Mas, existe uma solidão maléfica, característica da sociedade em que vivemos. As pessoas podem viver numa mesma casa com muitas outras e ainda assim viver isoladas delas. Já que fomos criados como seres sociais, viver em isolamento geralmente provoca tristeza, depressão, angústia e, em casos extremos, o suicídio.

O isolamento acontece mesmo entre pessoas tão íntimas como marido e mulher. Diversas forças ativas na sociedade moderna estão separando marido e mulher cada vez mais para longe um do outro, em vez de produzir intimidade e mutualidade: 

1) Numa sociedade tão complexa como a em que vivemos, experiências diferentes e sistemas de valores diferentes separam os casais. Antigamente, as pessoas nasciam e cresciam juntas num mesmo lugar. Hoje, elas vêm de passados completamente diferentes. 

2) A sociedade moderna tem passado a idéia de que o casamento é um relacionamento na base de 50/50 (fifty-fifty). Isso é, cada um dá um pouco de si. Mas isso não funciona, na verdade. O padrão cristão é 100/100. No casamento, temos de nos dar inteiramente. 

3) O egoísmo é provavelmente a maior ameaça à unidade do casal. Ser egoísta é buscar realização pessoal deixando o cônjuge de fora. Uma ilusão bastante comum é que marido e mulher podem obter sucesso independentemente um do outro e ainda ter um casamento bom. Na prática, quase nunca isso dá certo. 

4) Outro fator de isolacionismo são problemas não superados. Os pesquisadores mostram que cerca de 70% dos casais que passam por experiências traumáticas - como perder um filho num acidente, ou ter um filho gravemente deficiente - se separam ou se divorciam. 

5) A mídia tem popularizado a idéia de que aventuras extramaritais é algo normal. O fato é que, não somente o adultério consumado, mas o adultério emocional - uma amizade muito íntima com alguém do sexo oposto - provoca o isolamento dos cônjuges. 

6) A pressão contínua do estilo de vida acelerado em que vivemos contribui para que cada vez mais vivamos estilos de vida separados uns dos outros. 

7) Outro fator é a dependência cada vez maior das mídias sociais. Marido e mulher podem estar sentados na mesma mesa, sentados no mesmo sofá ou deitados na mesma cama, mas cada um está checando seus e-mails, Facebook, Twitter, Google+ ou outros aplicativos sociais. Estão juntos apenas fisicamente. Membros de uma família podem estar juntos na mesma sala e estar perfeitamente isolados uns dos outros. À medida em que nos enfiamos em nossos casulos virtuais, mais e mais nos desconectamos uns dos outros.

O isolamento é uma ameaça séria mesmo para casais cristãos. Estes cristãos precisam perceber que se não tomarem as providências necessárias e se não tratarem dessa ameaça juntos, acabarão por viver isolados uns dos outros, mesmo debaixo do mesmo teto. Muitos casais casados têm sexo mas não amor. O erro típico que muitos casais cometem é não antecipar que problemas desse tipo podem ocorrer com eles. E quando os problemas surgem, são apanhados desprevenidos.

Vivemos num mundo cheio de problemas. A tentação de muitos, debaixo de pressão, é isolar-se, hibernar como um urso em sua caverna no inverno. Embora essa pareça uma alternativa atraente, é somente com o apoio de amigos que poderemos suportar as misérias desta vida. 

O que podemos fazer, como cristãos, para vencer o isolamento? Aqui vão algumas dicas: 

1) Busque maior intimidade com Deus, pela leitura da Bíblia e pela oração diária. Quando nos aproximamos de Deus, podemos melhor nos aproximar dos outros. 

2) Planeje gastar tempo com seu cônjuge fazendo coisas que ambos apreciam. 

3) As vezes o isolamento foi causado por uma atitude errada sua, com a qual o seu cônjuge ofendeu-se ou magoou-se. É preciso pedir perdão e buscar a reconciliação. 

4) Às vezes quando a situação já se tornou muito complicada e difícil, é preciso vencer o orgulho e procurar ajuda.

Não permita que o isolamento acabe a alegria do seu casamento. Casados também podem ser felizes juntos!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O QUE PENSO SOBRE OS BLOCOS EVANGÉLICOS NO CARNAVAL





















Nos últimos anos tornou-se comum encontrarmos em algumas igrejas evangélicas blocos carnavalescos. 

Com o intuito de pregar o evangelho durante o carnaval, evangélicos de denominações diferentes criaram blocos e até mesmo Escolas de Samba cujo objetivo final é pregar aos foliões. Segundo os sambistas de Jesus, essa é uma maneira de evangelizar os perdidos que se encontram absortos em iniquidade e que precisam desesperadamente de Cristo.

Antes de qualquer coisa preciso afirmar que concordo plenamente com o fato inequívoco de que os perdidos estão mergulhados em iniquidade e que carecem da graça do Senhor. Sem sombra de dúvidas isso é um ponto indiscutível. Verdadeiramente os homens estão destítuidos da glória de Deus, mortos em seus delitos e pecados e incapazes de buscarem ao Senhor. (Efésios 2:1-10)

Caro leitor, o que me preocupa efetivamente não é o desejo de evangelizar, nem tampouco a vontade de pregar as Boas Novas da Salvação Eterna aos que se perdem e sim a forma escolhida para o desenvolvimento dessa missão.

Isto posto, permita-me explicar porque sou contra a criação de blocos evangélicos carnavalescos:

  1. Acredito que a evangelização se dá de forma contínua e de modo relacional, isto é, todos nós, somos chamados a evangelizar os que se relacionam conosco através de palavras, testemunhos,  durante o ano e não em eventos esporádicos.
  2. Porque nem toda contextualização é bíbllica. Quando a contextualização abre portas ao mudanismo, paganismo, e a ausência de santidade, ela precisa ser rechaçada.
  3. A igreja foi chamada para pregar Cristo e o arrependimento de pecados e não um tipo de evangelho palatável cujo foco principal é a satisfação humana.
  4. Pela forte relação com o mundo e com os valores que nele existentes. Ora, por mais que digam ao contrário, os que saem as ruas para "evangelizar" em blocos carnavalescos relacionam-se com o mundo e a cultura de uma forma onde o foco principal não é a glória de Deus e sim o bem estar do homem. (Romanos 12:1-2)
  5. Por tomarem o nome de Deus em vão, fazendo do Senhor instrumento exclusivo de satisfação pessoal. Na minha perspectiva sair as ruas, sambando, rindo fere o mandamento bíblico de usar o nome do Senhor em vão.
  6. Porque ainda que se diga que o objetivo é a evangelização o que menos se vê é a pregação do Evangelho.
  7. Por dar ocasião a carne e ao "velho homem." despertando em muitos o antigo prazer pelo pecado.
Se não bastasse isso pergunto:

Será que se a Igreja pregasse e vivesse o evangelho durante o ano não haveriam mais conversões do que comumente temos?  Ora, vamos combinar uma coisa? Evangelizar é muito mais do que cantar, sambar, pular. Evangelizar está para além de eventos, programas ou atividades distintas. Evangelizar é compartilhar aquilo que o Senhor fez pelo pecador na cruz do calvário, é confrontar o homem em seus delitos e pecados, chamando-o ao arrependimento, é proclamar Cristo como Senhor e Salvador, confrontando o pecador com a dura, porém maravilhosa mensagem da Cruz.

Bem sei que alguns me xingarão de "fundamentalista estupido", de fariseu da modernidade e outras coisas mais, todavia, ao contrário de alguns não posso considerar as loucuras do chamado movimento gospel como normais.

Definitivamente o Brasil precisa de um avivamento! 
Definitivamente o Brasil precisa regressar as Escrituras.
Definitivamente precisamos chorar e clamar a Deus por Deus por mudança no evangelicalismo brasileiro.

"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5.11-12).

É o que penso, é o que digo!

Renato vargens

UMA PEQUENA PALAVRA AOS PASTORES QUE SE ACHAM A ÚLTIMA COCA-COLA DO DESERTO




















Confesso que tenho ficado impressionado com o que tenho visto, ouvido e lido de muitos pastores brasileiros. Infelizmente não são poucos aqueles que se consideram a "última Coca Cola do deserto". Nessa perspectiva tais líderes advogam que antes deles nunca nada de bom aconteceu em suas cidades, estados ou até mesmo país.  Volta é meia ouço alguém dizendo: "Deus me revelou algo novo. Agora, sim, as coisas vão andar por aqui." ou ainda "Nunca na história da Igreja deste país aconteceu um mover deste tipo." Ou até mesmo: "O que recebi da parte de Deus é inédito. Ninguém na história teve essa revelação."

Pois é, ouso afirmar que se pastores brasileiros tivessem por hábito estudar e meditar na biografia de santos e piedosos homens de Deus seriam menos arrogantes. Na verdade, considero que uma excelente maneira dos pastores "baixarem a bola" é estudando a história daqueles que nos precederam. Eu particularmente estou lendo sobre o grande George Withefield. Confesso que ler sobre a vida e ministério desse grande orador tem servido para que eu entenda que diante de gigantes como o "pregador das multidões" não passamos de  pequenas e miseráveis formigas. Withefield foi um exemplo para nós pastores. Num tempo de grande decadência espiritual, ele por 32 anos pregou 10 vezes por semana ao ar livre para multidões de pessoas anunciando o simples evangelho da Salvação Eterna. George amava a Deus e a sua Palavra. Por dezenas de vezes ele leu as Escrituras, por milhares pregou as Escrituras. Foi perseguido, apedrejado e teve vezes que até os hotéis rejeitaram hospeda-lo. Whitefielfd foi um santo homem de Deus que odiava o pecado, pregava contra o pecado proclamando a salvação em Cristo Jesus. George Whitefield pregou em inúmeras nações, dentre estas, EUA, Pais de Gales, Holanda e até Portugal. Seus relatos de comunhão com Cristo são sublimes. Que exemplo de homem de Deus! Exemplo para mim, para os pastores, para a Igreja do Brasil.

Nosso Senhor contrapondo-se ao ensino de alguns dos pastores e apóstolos modernos instruiu os seus discípulos dizendo: "Bem aventurados os humildes de espírito, pois dos tais é o Reino dos céus”. Mt 5:03

Essa afirmação de Jesus Cristo foi um grande escândalo no primeiro século. Isto porque, tanto o pensamento como a filosofia greco-romana consideravam desprezíveis pessoas que valorizassem virtudes como a humildade. Tanto para os gregos como romanos, a humildade estava relacionada aos fracos, aos débeis, doentes e incompetentes.
Para a classe dominante, nunca, em hipótese alguma, pessoas bem sucedidas na vida, deveriam cultivar valores como simplicidade e humildade. No entanto, Jesus como Filho de Deus se contrapôs a valores como esses afirmando categoricamente, que o Reino de Deus não é propriedade dos soberbos e arrogantes desta vida, antes pelo contrário, só é possível herdá-lo mediante simplicidade e singeleza de coração.
Thomas brooks, afirmou certa vez: “Os homens mais santos são sempre os mais humildes”. Robert Leighton, disse: As melhores amizades de Deus são homens humildes. Em outras palavras isto significa, que quando mais próximos de Deus estivermos, menos arrogantes seremos.

Jonathan Edwards costumava dizer que um “homem verdadeiramente humilde é consciente da diminuta extensão de seu próprio conhecimento, da grande extensão de sua ignorância e da insignificante extensão de seu entendimento comparado com o entendimento de Deus. Ele é consciente de sua fraqueza, de quão pequena sua força é, e de quão pouco ele é capaz de fazer. Ele é consciente de sua distância natural de Deus, de sua dependência dele, da insuficiência de seu próprio poder e sabedoria; e de que é pelo poder de Deus que ele é sustentado e guardado; e de que ele necessita da sabedoria de Deus para lhe conduzir e guiar, e de Seu poder para capacitá-lo a fazer o que ele deve fazer para Ele.”
Na perspectiva do Reino é importante que entendamos que só alcançamos o trono do altíssimo descendo as escadas. Terminantemente as Escrituras afirmam que Deus exalta os humildes e abate os soberbos. Ora, o trajeto que os homens de Deus ao longo da história  traçaram nunca foi o caminho da presunção e da prepotência, antes pelo contrário, aqueles que nos precederam carregaram em si a marca indelével da humildade e da simplicidade. Portanto lembre-se: Os que agradam a Deus são aqueles que optaram por uma vida onde a simplicidade e humildade se fazem presentes.
 
Pense nisso!
 
Renato Vargens

O QUE PENSO SOBRE BABY DO BRASIL E OS EVANGÉLICOS QUE PULAM CARNAVAL























Hoje, um ano depois, volto a escrever sobre cantora brasileira que resolveu tocar no periodo do carnaval em um trio elétrico animando os seguidores de momo.

Numa entrevista fornecida ao G1, A cantora gospel afirmou ser a "Matrix de Deus". Além disso, ela é também disse que o "Carnaval é uma coisa muito louca."

A cantora voltará a capital baiana para tocar músicas próprias e sucessos dos Novos Baianos, grupo que integrou e ajudou a fundar na década de 1970. Clássicos como "Menino do Rio", "Telúrica", "Sem pecado e sem juízo", "Todo dia era dia de índio", "Tinindo Trincando" e "Barrados na Disneylândia" estão na lista.

Pois é, o que me assusta é que tem gente que não vê nada de mais nisso. Para muitos, a cantora "evangélica" está certíssima em "pregar" Cristo na festa da carne, mesmo que com isso, tenha que negociar valores cristãos e bíblicos. 

Caro leitor, à Luz das Escrituras afirmo que do ponto de vista bíblico não existe compatibilidade entre luz e trevas, santidade e mundanismo,  Cristo e satanás.

Como escrevi anteriormente não vejo base bíblica para o crente pular carnaval. (leia aqui) e os que o fazem, demonstram assim não conhecer os pressupostos bíblicos quanto a relacionar-se com o mundo.

Isto posto, afirmo sem a menor sombra de dúvidas que Baby do Brasil e todos aqueles que aderiram a festa de Momo, estão equivocados em participarem de um evento que em muito se contrapõe a Palavra do Senhor.

Encerro este post com uma frase do meu amigo Judicley Santos:

"A capacidade humana de justificar os seus pecados deixa os demônios orgulhosos e os anjos escandalizados."
Pense nisso!
Renato Vargens

CORONEL JOÃO DOURADO (1854-1927)

Alderi Souza de Matos João da Silva Dourado nasceu em Caetité, sul da Bahia, no dia 7 de janeiro de 1854. Era filho de João José da Silva Do...