terça-feira, 26 de novembro de 2013

SEXO ANTES DO CASAMENTO: RAZÕES PORQUE EU ACREDITO QUE CAIO FÁBIO ESTEJA ERRADO


















O pastor Caio Fábio afirmou a pouco (veja o vídeo abaixo) que não vê nenhum problema no relacionamento sexual entre duas pessoas que se gostam.

Na opinião de Caio desde que não haja defraudação na relação, não há problema de que os amantes se envolvam sexualmente.
Caio também disse que ele, à luz do evangelho, não pode se contrapor àqueles que agem desta forma, mesmo porque, não dá pra se convencionar o que seja casamento.

Pois bem, diante do exposto gostaria de enumerar 04 motivos porque considero que o ensino de Caio Fábio esteja equivocado:

1- Em 1 Corintios 7:8,9, Paulo orienta a igreja dizendo que é melhor com que o solteiro se case do que viver abrasado.

2- A Bíblia não permite relações sexuais fora do matrimônio (1 Coríntios 6.18-7.2) e condena imoralidade como um pecado que afronta a santidade do Senhor.

3- Deus instituiu o casamento para a nossa felicidade, plenitude e segurança, e que este deve ser honrado por todos. Na Bíblia existem inúmeros versículos que declaram o sexo antes do casamento como sendo um pecado (Atos 15:20, 1 Coríntios 5:1; 6:13, 18; 10:8, 2 Coríntios 12:21, Gálatas 5:19, Efésios 5:3; Colossenses 3:5, 1 Tessalonicenses 4:3; Judas 7).

4- As Escrituras ensinam que o sexo entre o marido e sua esposa é a única forma de relações sexuais que Deus aprova (Hebreus 13:4). O texto bíblico ensina que o leito conjugal, deve ser conservado puro e sem mácula e que o Senhor julgará os imorais e os adúlteros."

Quanto a relativização do casamento comum aos dias de hoje reproduzo parte de um artigo publicado pelo meu amigo Augustus Nicodemus que fez alguns comentários extremamente interessantes sobre o casamento os quais concordo plenamente e compartilho abaixo:

1) Relações sexuais diante de Deus não é bem o conceito de casamento que encontramos na Bíblia. O quadro que temos é muito mais complexo. Envolve responsabilidade pública e legal, pois tinha a ver com a herança e a proteção da esposa e os direitos dos filhos. Quando não há um compromisso oficial, mas apenas um viver juntos, como se pode falar em adultério, divórcio, herança de filhos, propriedade de terras, sustento para a desamparada, etc.?

2) Israel era uma teocracia, isto é, Estado e Igreja estavam juntos. As festas de casamento representavam a legalização “civil” da união. Hoje, nas modernas democracias, o estado é laico, e não se precisa da cerimônia religiosa, e sim a legalização pelo poder público. Igreja não casa, pastor não casa, padre não casa. Quem casa é o juiz, representando o Estado. A Igreja faz um culto e invoca a bênção de Deus sobre o casal. No chamado “casamento religioso com efeito civil,” o pastor está agindo como se fosse o juiz, tudo acertado antes no cartório, e ratificado depois, senão perde a validade.

3) O “casamento” de Adão e Eva não pode ser tomado como padrão para a humanidade. Eles nem tinha umbigo! Não havia ainda estado, igreja, sociedade, pessoas. O que aprendemos com o episódio é que a vontade de Deus que a humanidade se organize em famílias, compostas de um homem e de uma mulher, e que vivam unidos para sempre, criem seus filhos e dominem a terra. A legalização e a oficialização disto é uma decorrência natural e lógica quando o pecado entrou no mundo e apareceram outras mulheres e outros homens, a luta pelas terras e propriedades, o egoísmo do homem que desampara a mulher depois de abusar dela, e assim por diante. Por este motivo encontramos leis sobre divórcio, leis sobre herança de filhos, leis sobre os filhos de uma mulher que não é a esposa legítima, etc. etc.

4) É evidente que as festas de casamento, com véu e grinalda, etc. são coisas absolutamente culturais e que mudam de acordo com os tempos e épocas. O que vale é que aquele momento em que os dois, diante do representante do governo (pode ser o pastor fazendo o casamento com efeito civil), prometem fidelidade, suporte, apoio e amor mútuos até que a morte os separe e assinam o contrato, que haverá de garantir os direitos deles e dos filhos, para o bem da sociedade e da família. Era isto, guardadas as devidas proporções, que acontecia nos tempos bíblicos em Israel, com os patriarcas fazendo as vezes, e depois os sacerdotes, juízes, anciãos, etc.

5) União civil não é casamento, mas um mecanismo para garantir os direitos dos que vivem juntos a um tempo, como se casados fossem.

Concluo essa breve reflexão lembrando de Paulo que ao escrever a Timóteo disse:

"... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento..." (1Tim 4.1-3).

Que Deus nos livre deste relativismo que tanto mal tem feito a igreja brasileira.

Pense nisso!

Renato Vargens


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

OS EVANGÉLICOS E O GRAVE PROBLEMA DO SUICIDIO


O suicídio é um  tema é polêmico e altamente conflitante.

No mundo um número incontável de pessoas em virtude dos motivos mais variados se suicidam trazendo fim a uma vida de sonhos, perspectivas e esperança.

As estatísticas dizem que há cada 30 segundos uma pessoa se suicida no mundo.

Além desse número preocupante, para cada pessoa que dá fim à própria vida, pelo menos 20 outras fracassam em sua tentativa. "A porcentagem de suicídios aumentou de 60% no mundo durante os últimos 50 anos. O maior crescimento foi registrado nos países em desenvolvimento", acrescentou a OMS.

Pois bem, falar de suicídio ainda é um tabu. Em alguns países existe um acordo jornalístico de que noticias do tipo não devem ser divulgadas pela imprensa simplesmente pelo fato de que a informação de que alguém tirou a sua própria vida poderá levar a outros a desejarem fazer o mesmo.

O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Esta conotação aponta para morte intencional ou autoinfligida. Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção de provocar a própria morte.

Na minha opinião o suicídio é a consequência DIRETA de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve o indivíduo, os problemas vividos no cotidiano, além da frágil capacidade emocional de suportar pressões corroboram para o desejo de tirar a própria vida.

Na idade média a igreja proibia honras fúnebres aos suicidas, além de determinar que aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado. Os familiares dos suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais. Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma determinada áurea de respeitabilidade.

Alguns fatores são comuns aos indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio. Por exemplo:

A) O suicídio é mais frequente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice.Um ponto significativo a ser analisado, é que os casos de suicídios foram extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça a evidência de que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno. Além disso, o suicídio é mais comum em nações ricas e ocorre com mais frequência nas classes médias.

B) Por razões não completamente esclarecidas, as mulheres cometem três vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto os homens são mais eficazes. Isto porque o sexo feminino recorre aos métodos mais brandos como o envenenamento. Enquanto os homens usam armas de fogo, tendem ao afogamento, enforcamento ou saltando de grandes altitudes.

 C) As doenças físicas como câncer, epilepsia e AIDS; ou doenças mentais como alcoolismo, dependência tóxica e esquizofrenia, compõem alguns dos motivos que induzem um indivíduo a atentar à própria vida.

Algumas situações sociais também conduzem ao suicídio. Podemos incluir como exemplo o insucesso no matrimônio, ou não ser casado, não ter filhos, não ser religioso, isolamento social e o fracasso financeiro.

O Site de psiquiatria Mental Help afirma que:

1) 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva.
2) Pessoas mais velhas se suicidam mais que as mais jovens.
3) Quanto mais planejado, mais perigoso no sentido de haver novas tentativas, caso essa não dê certo.
4)Qualquer distúrbio neuropsiquiátrico aliado ao álcool aumenta o risco de suicídio.

O Suicídio e os evangélicos:

Boa parte dos evangélicos acreditam que aquele que comete suicídio carimba o seu passaporte para o inferno.

As Escrituras Sagradas relatam a história de algumas pessoas que cometeram suicídio, dentre estas: Saul (I Samuel 31:4), Aitofel (II Samuel 17:23), Zinri (I Reis 16:18) e Judas (Mateus 27:5). Todos foram maus, perversos e pecadores, o que provavelmente após a morte experimentaram a condenação eterna. Ora, sem a menor sombra de dúvidas a Bíblia vê o suicídio do mesmo modo que o assassinato – e assim o é – um auto-assassinato. Cabe a Deus decidir quando e como a pessoa morrerá. Tomar de assalto este por em suas próprias mãos, de acordo com a Bíblia, é atentar contra Deus.

E o que diz a Bíblia a respeito de um cristão que comete suicídio?


"Em primeiro lugar não acredito que um cristão verdadeiro cometa suicídio perca a sua salvação. A Bíblia ensina que a partir do momento no qual a pessoa verdadeiramente crê em Cristo, ela está eternamente salva (João 3:16). De acordo com a Bíblia, os cristãos podem ter certeza, sem sombras de dúvida, que têm a vida eterna, não importa o que aconteça. “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5:13). Nada pode separar o cristão do amor de Deus! “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).

Se nenhuma “criatura” pode separar um cristão do amor de Deus, e um cristão que comete suicídio é uma “criatura”, então nem mesmo o suicídio pode separá-lo do amor do Senhor. Jesus morreu por todos os nossos pecados... e se um cristão verdadeiro, em tempo de crise e fraqueza espiritual, e doença psíquica cometer suicídio – este, não será condenado, mesmo porque,  este também é um pecado pelo qual Cristo morreu."

Caro leitor, antes que você emita qualquer parecer é certo que todos concordamos que nenhuma pessoa racional tiraria sua própria vida e, quando isso ocorre, é um ato irracional de uma pessoa que está com algum distúrbio mental. Isso nos leva a uma outra pergunta:

Pode o cristão sofrer de doença mental?

 É claro que sim e eu pessoalmente conheço inúmeros casos. Embora alguns especialistas argumentem corretamente que a mente humana é abstrata e, portanto, não pode adoecer, o cérebro é uma entidade concreta e está sujeito às enfermidades físicas. As teorias sobre insanidade lidam com a diferença entre o órgão físico e os pensamentos que ele "processa", mas um fato é irrefutável — desequilíbrios químicos no cérebro comprovadamente provocam comportamento irracional, chegando até e incluindo o suicídio.

Um exemplo disso é caso de Matthew Warren, filho de Rick Warren que  morreu depois de uma longa batalha com uma doença mental. “Aos 27 anos de idade devido a uma profunda depressão e pensamentos de suicídio, o moço deu cabo da própria vida.

Alguns cristãos estão entre aqueles que sofrem do distúrbio bipolar (são "maníacos-depressivos") e precisam tomar medicamentos (à base de lítio, etc.) para controlar a enfermidade. Depressão severa e pensamentos sobre suicídio, junto com "vozes" que incentivam a pessoa a se matar são características trágicas dessa doença mental. Se não for diagnosticada ou tratada, ela pode e de fato leva os indivíduos a cometerem atos impensáveis, mas fique descansado que quando isso acontece com um dos filhos de Deus, eles nunca estão sob o risco de perderem a salvação.

Aproveito o ensejo em afirmar que não aprovo, não incentivo e nem tampouco reconheço que o suicídio seja uma saída àqueles que sofrem. Acredito piamente que o Senhor Todo-Poderoso é capaz de trazer bálsamo as nossas vidas e emoções restaurando naquele que nEle crêr a alegria de viver.

Vale a pena ressaltar que concordo com Hernandes Dias Lopes que afirma que o suicídio não é sustentado nas Escrituras. "O suicídio é assassinato de si mesmo. É uma violação do sexto mandamento da lei de Deus.  O suicídio é um ato de conspiração contra Deus e também um ato de egoísmo sem paralelos. Ninguém é uma ilha. Aqueles que tiram sua própria vida além de não resolver seu próprio problema, porque a vida não termina com a morte, ainda abrem uma ferida incurável na família. Aqueles que flertam com o suicídio precisam saber que existe esperança para a vida, por pior que seja a situação. Essa esperança está em Jesus."

 Isto posto, aconselho a todos aqueles que tem sentido desejos suicidas que procure ajuda médica e  profissional, mesmo porque, a vida aos olhos de Deus é preciosa e que precisa ser cuidada, valorizada e respeitada.

Pense nisso!

Renato Vargens

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O DEPARTAMENTO INFANTIL, O DESCASO DA IGREJA E ALGUMAS DICAS ÀQUELES QUE DESEJAM UMA EBD RELEVANTE











Antes de qualquer coisa julgo que seja importante afirmar que não estou generalizando em denunciar  que os departamentos infantis de muitas igrejas encontram-se em crise. Bem sei que existem igrejas sérias que tem desenvolvido um profícuo trabalho com crianças, todavia, também sei que existe um número considerável de comunidades cristãs que tratam nossos pequeninos como estorvo. 
Um claro exemplo disso é a forma com que muitos pastores vem lidando com a estrutura de ensino infantil. Para nossa tristeza e vergonha existem igrejas que não valorizam o ensino bíblico na Escola Dominical, muito pelo contrário, para estes, a EBD não passa de um espaço físico, muitas das vezes mal aparelhado onde as crianças são depositadas. Na verdade, para muitos deste pastores, o objetivo final  em tirar as crianças do culto é não atrapalhar os pais em sua adoração a Deus, bem como desenvolver uma liturgia leve sem os barulhos causados pelas crianças.
Pois é, a consequência direta disso são crianças despreparadas biblicamente, desprovidas de temor e sem o menor conhecimento das doutrinas bíblicas.
Observe por exemplo o que Charles Spurgeon costumava dizer sobre a Escola Dominical Infantil:
"Vejam, suas escolas dominicais são louváveis, mas qual é o propósito delas se vocês não ensinam nelas o evangelho? Vocês reúnem as crianças e as mantêm quietinhas por uma hora e meia, e depois as mandam para casa; mas qual é o proveito disso? Pode dar um pouco de sossego aos pais e as mães, e é por isso talvez, que eles os mandam para a escola; mas todo o verdadeiro bem está naquilo que é ensinado às crianças. A verdade mais fundamental deve ser colocada como a mais importante, e qual será ela se não for a cruz?" 
Prezado amigo, por favor, pare, pense e responda: De que maneira a sua igreja tem lidado com a Escola Dominical Infantil? Por acaso ela tem ensinado as verdades do Evangelho ou tem sido ela um lugar de simples entretenimento? Tem sido ela um lugar pedagógico onde Cristo e sua Palavra são pregados ou um local  em que os pequeninos são despejados e esquecidos?
À luz destes questionamentos ouso afirmar que se fizermos algumas perguntas as crianças que frequentam algumas das nossas classes infantis sobre temas fundamentais a fé cristã como salvação, pecado, condenação eterna, Cristo,  além de outros mais, constataremos que parte delas não conseguirão responder com propriedade em virtude do desconhecimento das Escrituras.
Isto posto, gostaria de dar algumas dicas àqueles que desejam uma Escola Dominical infantil relevante:
1- Prepare, treine e forme professores capazes de ensinar as Escrituras;
2- Invista em material didático de boa qualidade doutrinária;
3- Conscientize sua igreja de que criança não é estorvo e que deve ser tratado com dignidade e respeito;
4-  Invista em salas de aula com qualidade e conforto;
5- Valorize o professor;
6- Incentive aos pais a apoiarem o trabalho desenvolvido pela igreja na educação religiosa de seus filhos;
7- Promova a integração entre Igreja, família e crianças;  levando a todos os membros da Igreja a entenderem que o culto infantil é tão importante quanto o culto no templo.
Pense nisso!
Renato Vargens

PASTORA RASPA CABEÇA COM O PROPÓSITO DE GANHAR ALMAS




















Acabei de assistir o vídeo  no Púlpito Cristão.

O vídeo é protagonizado por uma pastora que resolveu oferecer a Deus um sacrifício especial.

A pastora de nome Luciana, desejosa em experimentar as bênçãos de Deus resolveu "oferecer" ao Senhor o seu cabelo. Isto mesmo, a pastora, num "ato profético" raspou a cabeça como oferenda ao Senhor. Para a religiosa, o ato foi feito em sacrifício pelas almas. Segundo a ela mesmo afirmou, Deus a levantou como pastora no Brasil e  no momento em que raspou a cabeça, Ele abençoou o povo que se encontra debaixo de sua cobertura.  

Quanta bobagem não é verdade?

Veja bem, ao escrever este texto não o fiz acreditando que Luciana tenha agido de má fé. Na verdade, acredito que ela tenha tido boa intenção em raspar a cabeça, contudo, o fato de ser bem intencionada  não exclui o  seu erro doutrinário,

Meus irmãos, fatos como esse aponta o quão sincretizado encontra-se o Evangelho de Cristo. Sinceramente hábitos e práticas de religiões antagônicas ao Cristianismo se multiplicam em nossas igrejas. Além disso, atitudes deste nipe nos mostram claramente que parte da Igreja de Cristo desconhece as doutrinas fundamentais das Escrituras que ensinam que o único sacrifício aceito por Deus foi o de Jesus na Cruz do Calvário. 

Verdadeiramente precisamos regressar as Escrituras e fazer dela novamente nossa única e exclusiva regra de fé. 

Que Deus nos livre deste Cristianismo adoecido, desprovido de Cristo, de graça e de vida.

Com lágrimas nos olhos,

Renato Vargens

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

OS PERIGOS NO MAU USO DA DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO


Destino[2]







Há uma vanglória por parte de alguns a despeito da “Doutrina da Predestinação” muito perigosa e nociva à mensagem das “Boas-Novas” em Cristo, O Salvador. Alguns pregadores focam na “eleição”, mas esquecem da “justificação”. A doutrina da predestinação é bíblica, e seu tema encontra-se com contundência em várias passagens das Escrituras sem precisar de muito esforço exegético para o entendimento (At 4.28; Rm 8.29,30; 9.11-13; Ef 1.4-6).
A questão é como pregar e expor estes textos. Precisamos ter discernimento! Não sabemos quem são os “escolhidos” de Deus, e sem a justificação das boas novas, a reprovação fará o ouvinte olhar para si ao invés de olhar para o Salvador. Charles Spurgeon na sua refutação contra o hipercalvinismo disse:
“Sou calvinista, gosto do que alguém chamou ‘calvinismo glorioso’, mas ‘hiperismo’ é quente demais para o meu paladar” [1].
A doutrina da predestinação é o baluarte do crente em meio a dificuldades e tentações, lembrando-o constantemente que sua salvação pertence a Cristo que o escolheu e não na da força de seu braço. Este é o contexto que ela deve ser apresentada. Não há como pregar o evangelho por meio da predestinação sem antes falar da graça de Deus disponível a todos os homens [sem entrar no mérito do chamado eficaz e o chamado externo]. Para alguns pregadores a proclamação do evangelho é unicamente o meio para juntar os eleitos de Deus. Uma pregação sem misericórdia e desprovida da graça de salvadora de Deus-Pai.
Precisamos ter outra abordagem para com os de fora. A ministração com a pressuposição de que nossa pregação deve alcançar os “pecadores eleitos” se tornará tendenciosa conspirando aos nossos conceitos e estado de “humor”. Certa vez perguntaram para Spurgeon “como é possível oferecer aos pecadores uma salvação que Cristo não realizou a favor deles”? Iain Murray no seu livro “Spugeon versus hipercalvinismo”, conta que ele pôs de lado essa questão como sendo uma coisa que Deus não quis explicar. Para ele era suficiente saber que o próprio Cristo Se oferece a todos; que o evangelho é para “toda criatura”, que todos os que vierem a Ele serão salvos, e que todos o que rejeitarem estão sem escusa. Ele disse que uma proclamação universal da boa notícia, das boas novas, com uma garantia para toda criatura, está no cerne do seu entendimento das Escrituras. Em acréscimo à argumentação bíblica segundo a qual os convites do evangelho não devem limitar-se aos que possuem certas experiências, Surpegeon adicionou o argumento de que tal limitação está sujeita a confundir almas necessitadas e a pô-las em perigo com uma forma de legalismo.
Spurgeon disse que os homens mais penitentes são os que se consideram os mais impenitentes. Uma exposição da predestinação sem a justificação para os incrédulos é joga-los no inferno com a probabilidade de que Deus já tenha reservado uma morada no céu a eles. O príncipe dos pregadores prossegue neste argumento:
“Se começássemos a pregar aos pecadores que eles precisam ter certo senso de pecado e certa medida de convicção, esse ensino faria com que o pecador fugisse de Deus em Cristo para si mesmo. O homem começaria logo a indagar: ‘Teria eu coração partido, estaria abatido’? Essa é apenas outra forma da pessoa olhar para si mesma. O homem não deve examinar a si mesmo para encontrar motivos para a graça de Deus” [2]
A capacidade de crer pertence unicamente aos eleitos por revelação do Espírito de Deus, e isto tem um tempo determinado; “há tempo para todo proposito debaixo do sol”. Por isso, o pregador que quer chamar seus ouvintes ao imediato arrependimento e fé, tendo isto por base para saber se o mesmo é um predestinado ou não, estará negando tanto a depravação humana como a Soberania de Deus. Um erro grave possa ser cometido neste contexto: “Predestinar um Judas Iscariotes e reprovar um ladrão arrependido nos últimos minutos de sua vida”.
A respeito da soberania de Deus e da responsabilidade humana, Spurgeon, introduziu seu assunto com estas palavras:
“O sistema da verdade não é uma linha reta, mas duas. Nenhum homem chegará a ter uma correta visão do evangelho enquanto não souber ver as duas linhas ao mesmo tempo… Ora, se eu declarasse que o homem é tão livre para agir que não há presidência nenhuma de Deus sobre suas ações, eu seria levado para muito perto do ateísmo; e se, por outro lado, eu declarasse que Deus governa de tal modo todas as coisas que o homem não é livre para ser responsável, eu seria levado direto para o antinomianismo ou para o fatalismo. Que Deus predestina e que o homem é responsável são duas coisas que poucos conseguem enxergar. Estas verdades são tidas como incongruentes e contraditórias; contudo não são. É defeito do nosso fraco julgamento… é minha tontice que me leva a imaginar que duas verdades podem, alguma vez, contradizer-se uma a outra”. [3]
A Soberania de Deus não contradiz o seu caráter. Os homens sem ao menos entender a “doutrina da predestinação” imaginam um Deus severo, zangado e feroz, muito facilmente levado à ira, mas não tão facilmente induzido ao amor. O puritano John Owen sempre aconselhava:
“Não enredemos o nosso espírito limitando a Sua graça… Somos aptos a pensar que estamos sempre dispostos a ter perdão, mas que Deus não Se dispõe a concedê-lo”. [4]
O reformador João Calvino, nas últimas edições das Institutas, mudou o seu tratamento da eleição para fazê-lo seguir-se ao ensino da justificação. Ele dizia que quando a eleição é consequentemente introduzida como preliminar em relação a fazer ouvir o evangelho, inevitavelmente será como se fosse designada para limitar ou obstruir a salvação dos homens e das mulheres.
Inain Murray no mesmo livro disse “a conclusão final só pode ser que quando o calvinismo deixa ser evangelístico, quando se torna mais preocupado com a teoria do que com a salvação dos homens e das mulheres, quando a aceitação de doutrinas parece tornar-se mais importante do que a aceitação de Cristo, ele passa a ser, então, um sistema falido e invariavelmente vai perdendo seu poder de atração” [5]
Precisamos chorar pelos perdidos ao invés de ostentar nossa eleição a eles. O sentimento de Cristo a vista de Jerusalém, o de Paulo para com os seus compatriotas e o de Moisés para com o seu povo, este choro e lamento, por aqueles que vão rejeitando a graça rumo ao inferno. A doutrina da predestinação é bíblica e uma segurança para o crente; mas quando contemplamos pessoas que amamos fora do aprisco do “Bom Pastor”, o desespero bate em nossa porta. Isso é um bom sinal! Do contrário seria preocupante.
Que Deus nos dê graça para sermos mais prudentes ao expor essa doutrina tão preciosa dada a nós. Não sejamos inconsequentes ostentando “o saber” atribulando aqueles que ainda não foram iluminados no seu entendimento a respeito da sua salvação.
Fica a frase do reformador inglês John Bradford para o nosso aprendizado:
“Que o homem vá primeiro à escola secundária da fé e do arrependimento, antes de ir à universidade da eleição e da predestinação” [6].
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos
fabio.solafide@gmail.com
Referência bibliográfica das citações:
[1] Spurgeon Versus Hipecalvinismo, a Batalha pela Pregação do Evangelho; Murray, IAIN; Ed. PES; P. 63
[2] Spurgeon Versus Hipecalvinismo, a Batalha pela Pregação do Evangelho; Murray, IAIN; Ed. PES; P. 94
[3] Spurgeon Versus Hipecalvinismo, a Batalha pela Pregação do Evangelho; Murray, IAIN; Ed. PES; P. 99
[4] Spurgeon Versus Hipecalvinismo,a Batalha pela Pregação do Evangelho; Murray, IAIN; Ed. PES; P. 108
[5] Spurgeon Versus Hipecalvinismo, a Batalha pela Pregação do Evangelho; Murray, IAIN; Ed. PES; P. 138
[6] Spurgeon Versus Hipecalvinismo, a Batalha pela Pregação do Evangelho; Murray, IAIN; Ed. PES; P. 134

***

SONHOS



Há um texto em Apocalipse, no qual um dos anciãos toma a palavra e diz: “Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. Ele então me disse: São estes os que vem da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razao por que se acham diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite, no seu santuário” (Ap 7.13-15).
Sem que nossas roupas estejam alvejadas no sangue do cordeiro, não poderemos comparecer e ficar em pé, diante de Deus.
Um dos cânticos mais tocantes dos nossos poetas brasileiros, foi escrito por Stênio Marcius, chamado “Sonhos, ele diz o seguinte:

Sonhei que eu tinha morrido
Não lembro direito de quê
Me vi frente a um alto e belo portão
Com uma placa escrito: Céu
Bati com um certo receio
Um anjo saiu pra atender
Me disse: " Pois não ? " - eu falei; quero entrar
Pois aí é o meu lugar
O anjo me disse: "curioso,
Eu não acho o seu nome em nossos registros"
Eu disse: procure num livro antigo
Escrito antes que houvesse mundo
E ali achará com a letra do Rei
Meu nome com tinta vermelha

Alguém entregou para o anjo
Registros que eu reconheci
Compêndio de todas as leis que eu quebrei
E os pecados que cometi
O anjo olhava os registros
Visivelmente assustado
E me perguntou: "Foi assim que viveu? "
E eu então respondi que sim
" Então como é que você tem coragem
De vir nessa Porta bater? "
Eu disse: olhe bem no final dessa lista
Você reconhece esta letra?
E o anjo sorrindo me disse:
" É verdade!!! O Rei escreveu: Perdoado! "

E ao som dessa bela palavra
Aquele portão se abriu
Então eu entrava cantando um hino
Que pena que o sonho acabou
Ficaram comigo aquelas palavras:
" Primeiro eu quero ver meu Salvador"


Rev Samuel Vieira.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

THALLES ROBERTO E ALINE FRANZOI NO PROGRAMA DO JÔ: UM SHOW DE IRRELEVÂNCIA EVANGÉLICA




aline e thales






Ontem foi a noite da irrelevância evangélica no Programa do Jô. Isto por que entrevistar numa só edição o Thalles Roberto e a Aline Franzoi só nos revelou o quanto o mundo gospel faliu para Deus e surgiu imponente para Mamom. Astros multicoloridos, um com a capa do sagrado, outra se despindo para o profano.
A “lezeragem” começa no próprio apresentador. Quem tem o mínimo de senso crítico percebe o quanto Jô Soares tem o “dom” de estar diante de um vaso de ouro mas preferir por dentro dele os diferentes tipos de coliformes fecais. Não que o Thalles seja o vaso ou coliforme, mas, dei-me paciência, quanta “água” para uma conversa com o maior astro gospel nacional dos últimos meses, não é verdade?
A noite foi decepcionante para os que aguardaram até tarde ver o ‘Thalleco pressão’, cheio do espírito santo. Ali jazia um cantor que vive seu auge de fama, só. Talvez um pouco perdido pelo próprio conflito de estar entre ser “o astro” ou um simples servo que almeja falar de Cristo e de sua beleza. Seu suposto lado pastor inexistiu naquele sofá, e os 18 minutos de entrevista se resumiram em falar de tampinha de garrafa, mijada, capiroto, e uma triste cagada no palco em Fortaleza-CE ao executar um daqueles agudos na canção “ô meu irmãozinho” – bizarro!
Façamos jus a péssima qualidade da entrevista e reconheçamos que os ventos daquele bate-papo foram soprados pelo entrevistador, mas, tristemente, em nenhum momento Thalles demonstrou vontade de pegar o leme do barco e ir para outra direção. Ali não se viu a postura de alguém que levanta a bandeira do Evangelho genuíno e vive para ele, mas a de um mero representante do segmento gospel encharcado de vaidade, glória e fama que tá curtindo a vida nas melhores demandas que antes o mundo não lhe concedera.
Concordemos que novamente o Thalleco perdeu uma ótima oportunidade para falar da maravilhosa Graça de Deus em sua vida (se é que ele a conheceu), situação esta que já passa a ser coerente com o que ele tem nos apresentado em suas aparições na mídia.
No bloco seguinte veio a pior parte, a modelo dita evangélica, Aline Franzoi, que popularizou sua beleza atuando como ring girl nas competições de UFC, que terminou por melar tudo. No entanto, paradoxalmente ela foi mais coerente e direta. Note, ela deixou seu recado bem exposto ao mundo e ainda arrancou suspiros do apresentador, da platéia e segundo insinuou Jô (acredito eu por pura malvadeza), até do Thalles: – “Você precisa ver a cara to Thalles Roberto quando você fala isso”, disse ele a modelo em relação à depilação de suas partes íntimas quando olhava sua playboy (o que fez com que Thalles percebendo a armadilha e sagacidade do gordo, prontamente desconversasse a questão e falasse da depilação em seu rosto que teria doido pacas…)- clique aqui e veja no min 7.
Depois de tanta irrelevância, oremos e ao mesmo tempo pensemos se estas palavras do mestre: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34) fossem em relação a estes famosos que levam o nome de “evangélicos” no Brasil – será que elas serviriam para esse contexto?

Por Antognoni Misael

CORONEL JOÃO DOURADO (1854-1927)

Alderi Souza de Matos João da Silva Dourado nasceu em Caetité, sul da Bahia, no dia 7 de janeiro de 1854. Era filho de João José da Silva Do...