terça-feira, 28 de maio de 2013

ORIGEM DA CIDADE DE WAGNER BA

    INSTITUTO PONTE NOVA






HOSPITAL DA CIDADE







    IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
                                               


Wagner teve início com o surgimento de um núcleo residencial às margens do rio Utinga com a denominação de Cachoeirinha, pertencente a Morro do Chapéu. Por ai passava a estrada que levava as boiadas e os tropeiros que faziam o comércio das Lavras Diamantinas com a Chapada Velha e a região do São Francisco.
Em 1981, a população da crescente povoação solicitou à administração municipal a mudança do nome para Wagner, em homenagem a Franz Wagner, alemão radicado no local que prestou ´enorme assistência à população` durante o período da seca que flagelou o sertão nos anos anteriores. Em 1915, a então vila de Wagner foi elevada à categoria de município por decreto do Governador J.J. Seabra. Sobrevivia da indústria manufatureira de cana de açúcar, produzindo cachaça, rapadura e da agricultura e pecuária de subsistência. São dessa época os utensílios domésticos feitos em ferro, barro ou louça, alguns importados - os ferros a carvão, o fole, as panelas de ferro fundido, os candeeiros e lampiões a querosene.
No inicio do século passado chegou a Wagner um grupo de missionários presbiterianos, vindo dos Estados Unidos com a intenção de fundar em território baiano uma missão encarregada de difundir a fé, promover a educação e a saúde entre os sertanejos. Rechaçados de cidades maiores como Palmeiras e Lençóis, adquiriram a Fazenda Ponte Nova, no distrito de Itacira, município de Wagner e ai fundaram uma igreja, uma Escola Normal, que formava professores do ensino primário, um hospital, bastante moderno e equipado, e a primeira escola de enfermagem da Bahia. 
Ponte Nova passou, então, a ser um pólo irradiador de educação e cultura no interior da Bahia e o conjunto de construções do hospital, escola, igreja e internato sobrevivem como um marco arquitetônico importante para o município e para o Estado.
O tempo ainda corria devagar e a indústria estava engatinhando no sul do país. As roupas eram feitas sob medida por costureiras e alfaiates, em máquinas movidas à manivela ou a pedal. Roupas e objetos eram guardados e transportados em baús de madeira e couro. Os grãos eram triturados em grandes pilões de madeira e os temperos em pilões menores, sem enfeites. Muitos objetos eram adaptações feitas com produtos locais, como o bogue - isqueiro feito com chifre - , a binga - porta rapé também feito com chifre -, ou o fifó - pequeno candeeiro adaptado de latas e frascos de barro ou de vidro.
As dificuldades eram inúmeras. As distancias eram ampliadas pelas deficiências dos transportes e das comunicações, o que agravava o isolamento do sertão com relação ao litoral. Simples e com pouco ou nenhum ornamento, as edificações, móveis e objetos construídos no local primavam pela solidez, durabilidade e funcionalidade, atestando a habilidade técnica e inventividade dos artesãos. 
A partir da revolução de 30, a política industrial de Vargas determinou o fim dos pequenos engenhos de cana, provocando a retração e posterior decadência do município e que culminou com sua anexação a Lençóis, então o centro econômico, social e político da Chapada Diamantina. 
Enquanto Wagner, em depressão, se retraia cada vez mais, Ponte Nova florescia. Sob os auspícios da missão presbiteriana, cresceu a população local, atraindo gente de fora. Novos tempos, novos hábitos e novos conhecimentos marcaram esse período, trazidos pelos missionários e seus sucessores. Em 1962, Wagner foi novamente alçado à posição de município, desmembrado de Lençóis, com um distrito - Cachoeirinha e tendo como sede a antiga vila de Itacira, também conhecida como Ponte Nova, consolidando-se como um centro importante de educação e saúde.
Com a dissolução da missão presbiteriana e as novas orientações educacionais emanadas pelo MEC, os equipamentos escolares foram, alguns, incorporados à Secretaria Estadual de Educação, ou ao Ministério da Educação. Outras, como a antiga escola de enfermagem passaram para particulares. As edificações, algumas subutilizadas, ainda atestam a capacidade técnica de seus construtores e representam belos exemplares da arquitetura neoclássica. 
Cachoeirinha, em consequência da estagnação econômica, manteve em grande parte seu caráter original, conservando traços de sua antiga beleza, um casario exuberante com seus arcos ogivais. 

Colaboração: Sandy Rosane / Dau Querioz (historiadora)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

PAPA FRANCISCO IGNORA A CRUZ E “CRIA” OUTRO CAMINHO PARA A SALVAÇÃO


VATICAN-POPE-AUDIENCETexto Original: Papa Francisco: “Todos os que fazem o bem são redimidos, até os ateus”
O papa Francisco balançou algumas mentes religiosas e ateístas ao declarar que todos foram redimidos através de Jesus, incluindo ateus.
Durante sua homilia na Missa de quarta-feira (22) em Roma, ele enfatizou a importância de “fazer o bem” como um princípio que une toda a humanidade, e uma “cultura de encontro” para apoiar a paz.
Usando um texto do evangelho de Marcos, o papa explicou como os discípulos de Jesus ficaram desapontados quando alguém fora de seu grupo estava fazendo o bem, de acordo com relatório da rádio do Vaticano.
“Eles reclamam”, disse o papa em sua homilia, porque dizem: “Se ele não é um de nós, não pode fazer o bem. Se não é do nosso grupo, não pode fazer o bem.” E Jesus os corrige: “Não o proíbam, deixem-no fazer o bem”. Os discípulos, explica o papa, “eram um pouco intolerantes”, ensimesmados na ideia de possuírem a verdade, convictos de que “aqueles que não têm a verdade não podem fazer o bem”. Isso estava errado… Jesus amplia o horizonte. Segundo o papa, “a raiz da possibilidade de fazer o bem – que todos nós temos – é a criação”.
O papa Francisco disse ainda mais em seu sermão:
“O Senhor nos criou a sua imagem e semelhança, e todos somos imagem do Senhor, e ele faz o bem e nos deu a todos esse mandamento em nossos corações: façam o bem e não o mal. Todos”. “Mas, padre, isso não é católico! Ele não pode fazer o bem.” Sim, ele pode. O Senhor redimiu a nós todos, a todos, pelo sangue de Cristo: todos nós, não apenas católicos. Todos! “Padre… os ateus também? Mesmo os ateus?” Todos! Devemos encontrar-nos fazendo o bem uns aos outros. “Mas eu sou um ateu, padre. Eu não acredito…” “Faça o bem: nos encontraremos lá.”
Respondendo à homilia do líder da igreja católica romana, o padre James Martin, S.J. escreveu em um e-mail ao The Huffington Post:
“O papa Francisco diz, mais claro que nunca, que Cristo se ofereceu como um sacrifício por todos. Essa sempre foi uma crença cristã. Você pode ver Paulo dizendo isso na primeira carta a Timóteo, ao afirmar que Jesus deu-se a si mesmo como uma “redenção por todos”. No entanto, raramente você ouve isso ser dito por católicos com tanta força, e com tão evidente alegria. E nessa época de controvérsias religiosas, é um lembrete oportuno que Deus não pode ser confinado a nossas estreitas categorias.”
É claro, nem todos os cristãos acreditam que os não-crentes serão redimidos, e as palavras do papa podem rememorar as profundas divisões da reforma protestante sobre a crença na salvação pela graça, em oposto a salvação pelas obras.
O comentário do papa também atingiu um recorde no Reddit, onde já é a segunda notícia mais compartilhada.
Publicado originalmente no Huffington Post, Via Pavablog, tradução: Walter Cruz
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Nota do Blogueiro: Quando digo que o Papa Francisco ignora a Cruz e “cria” outro caminho para a Salvação, estou apenas ratificando a crença do sumo pontífice que enfatiza: “Faça o bem: nos encontraremos lá.”
Jesus Cristo foi claro a respeito da vida eterna.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em Mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” (João 11:25-26)
Mateus 7:14 diz claramente: “E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”
Lembre-se também que “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (1Jo 5:12 BRP).
“Quem crê nEle não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
Quando o papa fala sobre fazer o bem, é bom lembrarmos que não há quem queira o bem (Rm 3:10) e quem o faça por mérito próprio, pois nossa justiça é como um trapo de imundície diante de Deus (Is 64:6), sendo assim nossas próprias ações de bondade jamais nos salvarão – elas devem ser fruto do Amor de Deus em nós. O que nos resta compreender sobre a bondade humana em atos sociais, morais e culturais, está apenas relacionado a Graça Comum de Deus, que ainda limita a maldade e rege a humanidade concedendo a ímpios determinadas dádivas para o convívio humano, contudo neste caso, tal graça não serve para salvação eterna. Esta apresenta-se taxativamente na Bíblia como só em Cristo Jesus!
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Antognoni Misael, na coedição do PC.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

MALDITO PASTOR


Maldito pastor!

Foi exatamente isso que um irmão em Cristo disse sobre o seu pastor simplesmente pelo fato de que ele o havia repreendido por estar vivendo um relacionamento adulterino. Se não bastasse isso, o rapaz proferiu   todos os tipos de impropérios possíveis  ao seu líder espiritual, isto porque, segundo as Escrituras este o exortou a abandonar o seu pecado.

Pois é, eu não sou defensor da funesta doutrina "não toqueis no ungido do Senhor." Na verdade, eu já escrevi contra esse ensinamento. Todavia, sou obrigado a confessar que alguns irmãos estão exagerando na forma com que se dirigem aos seus pastores. Ora. vamos combinar um coisa, respeito é bom não é verdade? O fato de alguém discordar do pastor não lhe concede o direito de xingá-lo, desprezá-lo ou até mesmo humilhá-lo, no entanto, tornou-se comum por parte de algumas pessoas tratarem os seus pastores com desdém, desprezo e desrespeito. 

Caro leitor, as Escrituras nos ensinam a valorizar os mais velhos, além é claro de respeitar as autoridades. A Bíblia contém inúmeros textos que nos incentivam a tratar as autoridades com respeito e dignidade, mesmo porque segundo os pressupostos bíblicos toda autoridade provém de Deus.  "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação." (Rm 13. 1, 2)

Prezado amigo, pode ser que o seu pastor esteja errado em algumas percepções teológicas, contudo, o fato de discordar dele não lhe concede o direito de agredi-lo com palavras e ofensas.  Ouso afirmar que aquele que agride seu pastor difamando-o publicamente, denegrindo sua imagem, peca contra o Senhor infringindo pressupostos bíblicos de respeito, amor, bondade e benignidade.

Se você acha que o seu pastor está errado, procure-o, converse com ele, peça explicações à luz das Escrituras  deixando que a Palavra de Deus o ajude em suas crises, conflitos e incongruências. 

Agindo desta forma, orando no Espírito e respeitando a liderança constituída, Deus lhe conduzirá a tomar as mais sábias decisões.

Pense nisso!

Renato Vargens

O PELAGIANISMO E ALGUNS PASTORES EVANGÉLICOS



Por mais incrível que possa parecer existem pastores ensinando a inocência do ser humano. (Por favor, leia o texto cujo titulo é "O mito da bondade humana" )

Pois bem, outro dia ouvi um pastor dizendo que o homem ao nascer, nasce bom. Segundo ele, o ser humano é como uma louça em branco que com o passar do tempo pode ser marcada tanto para o bem como para o mal. Além disso, o dito pastor afirmou que o homem é fruto do meio, portanto, se ele for criado num ambiente ético, honesto e decente, assim ele o será, contudo, se for educado num contexto de ódio, violência e promiscuidade, assim também o será.

O desconhecimento de doutrinas elementares a fé cristã tem feito pastores ressuscitarem erros doutrinários do passado, como por exemplo o pelagianismo. 

Pelágio foi um monge que viveu no fim do século 4 e início do século 5 D.C. Ele ensinava que os seres humanos nasciam inocentes, sem as influências do pecado original.  Para ele, Deus criava diretamente toda alma humana e, portanto, toda alma era livre do pecado. Pelágio acreditava que o pecado de Adão não tinha afetado as gerações futuras da humanidade. 

Caro leitor, afirmar que o homem é bom em essência e não sofre as consequências do pecado original é uma grave heresia. Isto posto, ouso afirmar que tanto o Pelagianismo do passado como o pelagianismo do presente contradizem as doutrinas bíblicas. 

Ora, as Escrituras nos ensinam que somos pecadores no momento da concepção "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe."(Salmo 51:5). Junta-se a isso que ela também ensina que todos os seres humanos morrem como resultado do pecado "...O salário do pecado é a morte" Romanos 6:23). 

Prezado amigo, o Pelagianismo é herético porque ele ensina que os seres humanos não nascem com uma inclinação natural ao pecado, o que é uma enorme e grave distorção teológica. Paulo em sua carta aos Romanos nos ensina a claramente que o pecado de Adão é a razão pela qual o pecado afeta o resto da humanidade.

Diante do exposto o admoesto  a prestar  atenção, bem como a ficar atento aos falsos ensinos defendidos por alguns. Cuidado com as pseudos doutrinas feitas em nome de Deus. Cuidado com veneno que sai da boca de gente que desconhece as Escrituras. Lamentavelmente tem muita gente falando e ensinando bobagens por desconhecer a Palavra do Senhor. Infelizmente existem inúmeros pastores fundamentando sua "teologia e fé" naquilo que a psicologia, filosofia ou sociologia ensinam, o que sem a menor sombra de dúvidas os tem feito errar o alvo.

Para encerrar esse pequeno artigo vale a pena ressaltar que o que Agostinho ensinou a respeito do pelagianismo:

O Bispo de Hipona  ensinou que os seres humanos, por nascerem debaixo da marca do pecado original, são incapazes de salvar-se a si mesmos, o que está corretíssimo. Para Agostinho, fora da graça de Deus, é impossível que uma pessoa obedeça ou até mesmo busque ao Senhor. Seu ensino também diz que com o pecado de Adão, houve uma total corrupção na raça humana, de modo que a vontade natural do homem está fatalmente cativa e submissa à nossa condição pecaminosa. Dessa forma, somente a graça de Deus, concedida livremente aos Seus eleitos, é capaz de trazer salvação aos seres humanos.

Soli Deo gloria

Renato Vargens

quinta-feira, 23 de maio de 2013

GRAÇA COMUM E A GRAÇA ESPECIAL O QUE VOCÊ ENTENDE SOBRE ISSO?

Reflexões sobre a Graça Comum e a Graça Especial



 A graça comum não traz perdão nem purifica a natureza do homem, e não efetua a salvação dos pecadores. No entanto, ela retém o poder destrutivo do pecado, mantém em certa medida a ordem moral do mundo, possibilitando assim uma vida ordenada e promove o desenvolvimento da ciência e da arte.

O nome 
graça comum expressa a ideia de que esta graça se estende a todos os homens, povos, línguas e nações.:

Contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações.” Atos 14:17

Há também outro modo usado por Deus para manifestar sua graça, esse limita- se apenas aos escolhidos, é a chamada graça especial. Essa doutrina reformada nos mostra com muita clareza o quanto Deus é misericordioso com o homem, não sendo merecedor de tamanho favor, Deus graciosamente nos dá a Salvação eterna. Esta é a graça que nos salva.

A Graça comum na vida do cristão muitas vezes é entendida de forma distorcida, onde é separado o que é religioso “vida espiritual ” e o que é profano “vida secular”, trazendo consequências para a nossa vida. Sendo dividido assim, ”Santo” é ir a igreja, orar, ler a Bíblia,ouvir músicas evangélicas e conversar sobre assuntos religiosos. E as demais coisas cotidianas são vistas como seculares, gerando assim um erro gravíssimo, pois toda a vida humana tanto a área chamada espiritual como a secular são áreas onde a graça de Deus é manifesta. Deus é quem capacita através dos dons e talentos, quem dá saúde, que o sustenta em todos os momentos da vida sem distinções.

Visto que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, refletindo aquilo que Deus é, o próprio Deus o capacita para que de forma positiva realizem boas obras nas mais variadas áreas da vida como a cultura, a arte e a ciência. Por isso tanto os não cristãos como os cristãos são capazes de produzir coisas boas, nobres, bonitas, agradáveis e justas. Embora a natureza do homem seja caída e maculada pelo pecado, não devemos rejeitar o que ele produz. Contudo se aquilo que foi feito não reflita a glória de Deus, não é proveitoso; como por exemplo, uma canção feita por um cristão, se essa música não glorifica a Deus, não é útil nem agradável, deve ser rejeitada, mas uma música feita por um não cristão, sendo útil, agradável e proveitosa é lícito desfrutarmos dela, pois foi feita através da capacitação que Deus o deu. Os dois principais fins da Graça Comum são o favor e os privilégios dados aos eleitos, e a Glorificação de Deus.

Ruan Medeiros

 Este texto foi baseado na aula nº 08 da revista Palavra viva – Teologia Reformada, publicada em 2013 pela Editora Cultura Cristã.

O MITO DA BONDADE HUMANA




Outro dia ouvi um pastor dizendo que o homem ao nascer, nasce bom. Segundo ele, o ser humano é como uma louça em branco que com o passar do tempo pode ser marcada tanto para o bem como para o mal. Além disso, o dito pastor afirmou que o homem é fruto do meio, portanto, se ele for criado num ambiente ético, honesto e decente, assim ele o será, contudo, se for educado num contexto de ódio, violência e promiscuidade, assim também o será.

Pois é, não tenho a menor sombra de dúvidas em afirmar que este pastor está absolutamente errado.  

As Escrituras são claras em afirmar que o homem nasce pecador.  Independente de cor, raça, sexo e nacionalidade, o ser humano nasce em um estado de pecaminosidade, culpa, e morte espiritual. Portanto, é incorreto afirmar que o homem nasce bom em essência.  

As Escrituras também afirmam que não existe um homem neste planeta que possa considerar-se justo pelos seus próprios méritos. Na verdade, a Bíblia afirma que “todos pecaram, e que todos estão destituídos da graça de Deus.” (Rm 3:23), diz também “que o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23), e que quem peca, “transgride a lei” (I Jo 3:04), e que o pecado faz separação entre os homens e Deus. (Is 59:02)

Caro leitor, a Bíblia diagnostica o pecado como uma deformidade universal da natureza humana, deformidade que se manifesta em detalhes na vida de cada indivíduo. A Palavra de Deus ensina que o homem é totalmente depravado e que necessita desesperadamente de salvação. O Apostolo Paulo ao escrever a igreja de Éfeso afirmou: "estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Efésios 2:1-3). Ora, segundo o ensino paulino toda pessoa não regenerada pelo Espírito Santo de Deus está espiritualmente morta, fazendo a vontade da carne, do mundo, além de viver uma vida absolutamente escravizada por Satanás.

Em outras palavras, isso significa que cada um de nós nasceu como um completo pecador. Nossa essência é pecadora, todo nosso ser é pecador, nossa mente, emoções, desejos, e até mesmo nossa constituição física está corrompida, controlada, e desfigurada pelo pecado e seus efeitos. Ninguém escapa desse veredicto. Nós somos totalmente depravados. Efésios 2:1 resume a doutrina da depravação total ao afirmar que os homens estão mortos em delitos e pecados. 

Isto posto, afirmo sem titubeios, que afirmações que o homem é bom em essência não passa de um mito. Muito pelo contrário, o o homem é desesperadamente corrupto e pecador necessitando assim de salvação, a qual só é possível mediante Cristo.

Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A MAIOR DE TODAS AS "HERESIAS" PROTESTANTES






Comecemos com uma pergunta de prova de história da igreja. O cardeal Roberto Belarmino (1542-1621) não foi uma figura para se desconsiderar. Ele era o teólogo pessoal do Papa Clemente VIII e uma das figuras mais capazes no movimento de Contra-Reforma no Catolicismo Romano do século dezesseis. Em uma ocasião, ele escreveu: “A maior de todas as heresias protestantes é ______________.” Complete, explique e discuta a afirmação de Berlarmino.

Como você responderia? Qual a maior de todas as heresias protestantes? Talvez a justificação pela fé? Talvez o Sola Scriptura, ou uma das palavras de ordem da Reforma?

Tais resposta fazem sentido lógico. Mas nenhuma delas completam a frase de Belarmino. O que ele escreveu foi: “A maior de todas as heresias protestantes é a certeza.”

Um momento de reflexão explica o motivo. Se a justificação não é apenas pela fé, apenas por Cristo, apenas pela graça — se a fé precisa ser completada por obras; se a obra de Cristo é de alguma maneira repetida; se a graça não é gratuita e soberana, então alguma coisa sempre precisa ser feita, ser “adicionada” para que a justificação final seja nossa. Este é exatamente o problema. Se a justificação final é dependente de algo que temos de completar, não é possível desfrutar da certeza de salvação. Pois então, teologicamente, a justificação final é contingente e incerta, e é impossível para qualquer um (à parte de uma revelação especial, concedida por Roma) ter certeza da salvação. Mas se Cristo fez tudo, se a justificação é pela graça, sem obras contributivas; é recebida pelas mãos vazias da fé — então a certeza, mesmo “certeza completa” é possível para todo crente.

Não me admira que Belarmino tenha pensado que a plena, gratuita e irrestrita graça era perigosa! Não me admira que os Reformadores tenham amado a carta aos Hebreus!

Eis o motivo. Conforme o autor de Hebreus pausa para respirar no clímax de sua exposição da obra de Cristo (Hebreus 10:18), ele continua seu argumento com um “pois” ao estilo de Paulo (Hebreus 10:19). Ele, então, nos urge a aproximarmo-nos “em plena certeza de fé” (Hebreus 10:22). Nós não precisamos reler toda a carta para ver o poder lógico de seu “pois”. Cristo é nosso Sumo Sacerdote; nossos corações foram purificados de uma má consciência assim como nossos corpos foram lavados com água pura (v.22).

Cristo se tornou de uma vez por todas o sacrifício por nossos pecados, e foi ressurreto e vindicado no poder de uma vida indestrutível como nosso sacerdote representativo. Pela fé nele, somos justos diante do trono de Deus como ele é justo. Por sermos justificados em sua justiça, sua justificação singular é nossa! E nós podemos perder essa justificação tanto quanto ele pode cair do céu. Assim, nossa justificação não precisa ser completada nada mais do que a justificação de Cristo precisa!

Com isso em vista, o autor diz: “com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hebreus 10:14). A razão pela qual podemos ficar de pé diante de Deus em plena certeza é porque agora experimentamos nossos corações “purificados de má consciência” os corpos “lavados com água pura” (Hebreus 10:22).

“Ah,” replicou a Roma do Cardeal Berlamino, “ensine isso e aqueles que creem nisso viverão em licença e antinomismo.” Mas ouça, então, à lógica de Hebreus. Desfrutar desta certeza leva a quatro coisas: Primeiro, uma firme fidelidade à nossa confissão de fé apenas em Jesus Cristo como nossa esperança (v.23); segundo, uma cuidadosa consideração de como podemos encorajar uns aos outros ao “amor e às boas obras” (v.24); terceiro, uma comunhão contínua com outros cristãos em adoração e todo aspecto de nossa amizade (v.25a); quarto, uma vida na qual exortamos uns aos outros para nos mantermos olhando para Cristo e sendo fieis a ele, conforme o tempo de sua volta se aproxima (25b).

Esta é a boa árvore que produz bons frutos, não o contrário. Nós não somos salvos pelas obras; somos salvos para as obras. De fato, nós somos o trabalho de Deus trabalhando (Efésios 2:9-10)! Assim, ao invés de levar a uma vida de indiferenças moral e espiritual, a obra definitiva de Jesus Cristo e a plena certeza da fé que ela produz, fornece aos crentes o mais poderoso ímpeto para viver para a glória e o prazer de Deus. Ademais, tal plena certeza é arraigada no fato de que o próprio Deus fez tudo isso por nós. Ele revelou seu coração a nós em Cristo. O Pai não requer a morte de Cristo para persuadi-lo a nos amar. Cristo morreu porque o Pai nos ama (João 3:16). Ele não está à espreita atrás de seu Filho com um intento sinistro desejando nos fazer mal se não fosse pelo sacrifício que seu Filho fez! Não, mil vezes não! — o próprio Pai nos ama no amor do Filho e no amor do Espírito.

Aqueles que desfrutam de tal certeza não vão aos santos ou a Maria. Aqueles que olham apenas para Jesus não precisam olhar para nenhum outro lugar. Nele nós desfrutamos a pena certeza da salvação. A maior de todas as heresias? Se for uma heresia, deixe-me desfrutar da mais bendita de todas as “heresias”! Pois ela é a verdade e a graça do próprio Deus!

Por Sinclair Ferguson. Extraído do site ligonier.org. © Ligonier Ministries. Original: What is the Greatest of All Protestant “Heresies”?
Tradução: Alan Cristie
Fonte: Editora Fiel

Autor: Sinclair Ferguson
Publicado em: http://bereianos.blogspot.com.br

TODOS OS QUE MORRERAM NA INFâNCIA SÃO SALVOS?





POSIÇÕES ERRADAS

Primeiramente, há o que pode ser chamado de visão prevalecente na Igreja Católica Romana. Esta posição é: todas as crianças não batizadas estão perdidas, no sentido em que, quando elas morrerem, elas entrarão no Limbus Infantum (ou Infantium), um lugas às margens do inferno. O sofrimento delas aqui é negativo, em vez de positivo. Elas sofrem a falta da “visão beatificada”.

Esta posição, embora contendo realmente um elemento de verdade (já que reconhece justamente o fato que a responsabilidade varia de acordo com a oportunidade), está errada em duas considerações, a saber: A) as Escrituras não designam em nenhuma parte tal importância à omissão do batismo; B) não ensinam também em nenhuma parte sobre a existência de um Limbus Infantum.

Opondo-se a isto está a posição dos que sustentam que todos os bebês são “inocentes”. De acordo com este ponto de vista, o “pecado original”, se é que podemos chamá-lo assim, não é sujeito ao castigo sem que haja transgressão real. Visto que crianças pequenas não são capazes de transgredir realmente, mas são inocentes, todas são salvas se morrem na infância. Esta ou algo similar a esta, é a posição de muitos protestantes evangélicos hoje. Como irmãos em Cristo, nós amamos essas pessoas, mas nós não acreditamos que as Escrituras endossem este argumento de sua posição. As crianças também são culpadas em Adão. Além disso, elas não são inocentes (veja Jó 14.4; Sl 51.5; Rm 5.12, 18, 19; 1Co 15.22 e Ef 2.3) Se elas serão todas salvas, esta salvação não terá que ser concedida com base em sua inocência, mas na aplicação do méritos de Cristo para com elas.

A POSIÇÃO OFICIAL DA IGREJA PRESBITERIANA DOS ESTADOS UNIDOS

A Confissão de Fé de Westminster não dá uma resposta clara à pergunta se todos que morrem na infância serão salvos. De fato, a Confissão deixa espaço para a opinião de que alguns poderiam não ser eleitos e, portanto, não serem salvos. Veja isto você mesmo. A Confissão declara: “As crianças que morrem na infância, sendo eleitas, são regeneradas e por Cristo salvas, por meio do Espírito Santo, que opera quando, onde e como quer (Capítulo X, Seção III). Em 1903, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, porém, interpretou este artigo de forma que hoje sabe-se exatamente onde esta denominação se mantém com relação a este assunto. Esta denominação adotou o seguinte Manifesto Declaratório: “A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América, com toda autoridade, declara como segue... Com referência ao Capítulo X, Seção III, da Confissão de Fé de Westminster, que não é considerado como ensino, que qualquer um que morrer na infância esteja perdido. Nós acreditamos que todos, morrendo na infância, estão incluídos na eleição da graça, e são regenerados e salvos por Cristo através do Espírito Santo, que opera quando, onde e como lhe agrada”.

CITAÇÕES DE OBRAS DE TEÓLOGOS REFORMADOS

Todos que morrem na infância serão salvos. Isto é deduzido do que a Bíblia ensina sobre a analogia entre Adão e Cristo (Rm 5.18-19). As escrituras não excluem qualquer classe de crianças em nenhuma parte, batizada ou não batizada, nascidas em países Cristãos ou pagãos, de pais crentes ou não crentes, dos benefícios da redenção em Cristo.” (Charles Hodge, Systematic Theology, Vol I, 9.26)

O seu destino é determinado independentemente de sua escolha, por um decreto incondicional de Deus, e nenhum ato próprio delas pode suspender sua execução; sua salvação é forjada por uma imediata e irresistível operação do Espírito Santo, antes e à parte de qualquer ação de suas próprias vontades. Isto quer dizer que elas estão incondicionalmente predestinadas para a salvação desde a fundação do mundo.” (B. B. Warfield, Two Studies in the History os Doctrine, p. 230)

A maioria dos teólogos calvinistas sustenta que aqueles que morrem na infância são salvos... Certamente não há nada no sistema calvinista que nos impeça de acreditar nisto; e , até que seja provado que Deus não predestina para a vida eterna todos aqueles que ele agradou chamar na infância, podem nos permitir sustentar esta visão.” (L. Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination, pp. 143,144).

Não obstante, nem todos teólogos Reformados se expressam tão positivamente. Alguns apresentam mais claramente a diferença, segundo eles a veem, entre os filhos dos crentes e todas as outras crianças. “As crianças da Aliança, batizadas ou não batizadas, quando morrem, entram no céu; a respeito do destino das outras, tão pouco nos foi revelado que a melhor coisa que podemos fazer é nos abstermos de qualquer julgamento positivo” (H. Bavinck, Gereformeerde Dogmatiek, 3° ed., Vol IV, p.117, minha tradução).

De forma semelhante, L. Berkhof, embora em completo acordo com os Cânones de Dort com relação à salvação dos filhos de pais piedosos, a quem Deus se agrada chamar para fora desta vida em sua infância, declara, a respeito dos outros, que “não há nenhuma evidência nas Escrituras na qual nós possamos basear a esperança de que... os filhos dos gentios que não tenham alcançado a idade do discernimento sejam salvos” (Systematic Theology, pp. 638-693).

O ENSINO BÍBLICO

A) Se aqueles que morrem em sua infância são salvos, essa salvação não está baseada em sua inocência, mas está baseada na graça soberana de Deus através de Cristo aplicada a eles (Veja o terceiro parágrafo deste texto).

B) O fato de que o coração de Deus não se preocupa só com os filhos dos crentes, mas também com os filhos dos descrentes, e até mesmos com aqueles “que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda”, é ensinado claramente em Jonas 4.11.

C)“O Senhor é bom para todos, e suas misericórdias permeiam todas as suas obras” e “Deus é amor” (Sl 145:9; 1Jo 4.8). É nos, então, permitido concordar com as belas linhas:

Porque o amor de Deus é mais vasto
Que a extensão da mente do homem
E o coração do Eterno
É o mais maravilhosamente amável (F. W. Faber, 1854)

D) As crianças não pecaram de qualquer forma similar aos adultos, que rejeitaram a pregação do evangelho e/ou pecaram grosseiramente contra a voz da consciência;

E) As Escrituras, em nenhuma parte, ensina explicitamente que todos os filhos dos descrentes que morreram na infância são salvos. Embora com base nos pontos B, C e D, uma pessoa possa se sentir fortemente inclinada a aceitar a posição que todas estas são salvas, jamais se pode afirmar que as Escrituras positivamente, e com todas as palavras, declarem isto como verdadeiro.

F) Deus deu ao crente e à sua semente a promessa encontrada em Gênesis 17.7 e Atos 2.38,39, e também 1 Coríntios 7.14. Por isso, os Cânones de Dort declaram que “desde que “Devemos julgar a respeito da vontade de Deus com base na sua Palavra. Ela testifica que os filhos de crentes são santos, não por natureza mas em virtude da aliança da graça, na qual estão incluídos com seus pais. Por isso os pais que temem a Deus não devem ter dúvida da eleição e salvação de seus filhos, que Deus chama desta vida ainda na infância.” (I, artigo17).

HENDRIKSEN, William. In: A vida futura segundo a Bíblia. Traduzido por Marcus Ferreira.  São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2004. pp. 123-127.

SINCEROS NO INFERNO



O “fenômeno” (ou desastre) Neopentecostal está cada vez mais firmando dentro de nossas igrejas, até mesmo nas mais tradicionais. Raras são as que relutam e posicionam-se contra tais princípios que a luz das Escrituras Sagradas são heréticos. Um dos principais ensinos que estes falsos mestres veem ensinando é que a “Doutrina”, a “ortodoxia”, o “Credo”, ou qualquer outra coisa que envolva o estudo de Teologia são danosos para o corpo de Cristo, fazendo-o enfraquecer e causando divisão. Eles utilizam o texto de 2 Coríntios 2:6 “A letra mata, mas o espírito que vivifica” para fundamentar seu argumento. Paulo nunca se colocaria contra o estudo da teologia, tendo em vista que Paulo fora um dos maiores estudiosos das escrituras que já existiu. Mas afinal, o que o apóstolo queria dizer com tal afirmação? Vou me utilizar de um comentário acerca desta passagem: “Acerca de Coríntios 2.6, Paulo estava falando sobre a superioridade da nova aliança sobre a antiga. A morte causada pela letra realmente é espiritual, porém, é bom salientar que se trata de uma alusão ao código escrito da lei mosaica. A lei mata porque demanda obediência irrestrita, mas não proporciona poder para isso. É representada pelas tábuas de pedra (3.3). Por outro lado, o espírito vivifica porque escreve a lei de Deus em nossos corações, trazendo-nos a vida em medida muito maior do que realizava sob a antiga aliança. É representado pelas tábuas da carne (3.3). Portanto, como podemos ver, o texto comentado não fundamenta, em qualquer instância, a rejeição aos estudos teológicos.” ¹

Afirmar que esta passagem está se referindo ao poder destrutivo da doutrina é se utilizar da mesma estratégia de satanás ao tentar Jesus usando a passagem de Salmos 91:11.

A verdade é que as igrejas evangélicas de hoje têm “comichão nos ouvidos” (2Tm.4-3) e  não querem aprender e se aprofundar no estudo da Palavra de Deus. As consequências de tal fato são catastróficas, pois as igrejas estão formando “Crentes carnais” que estão indo para o inferno achando que estão caminhando para o céu. Isso porque foram ensinados que a ortodoxia limita, a doutrina divide, e que em vez de estudar teologia ou se aplicar no estudo das escrituras elas devem seguir o próprio coração, pois o que importa é a intenção e a sinceridade com o que você faz qualquer coisa.

 Enquanto os pregadores ensinam dessa forma, a Bíblia defende totalmente o contrário, e aqui irei deixar claras as contradições do ensino Neopentecostal em relação às Escrituras Sagradas.


1. Não devemos confiar nas intenções do nosso coração.

 “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? “ Jeremias 17:9

O profeta Jeremias não aliviou ao falar da corrupção coração humano. Desde a Queda de Adão o homem perde a capacidade de buscar a Deus (Rm 3), todas as inclinações do seu coração são pecaminosas, sua carne anseia pelo pecado e odeia a justiça. O ser-humano satisfaz exclusivamente a carne, sendo assim impossível agradar a Deus (Rm 8.5-8).

Após o novo nascimento, o homem que estava na carne, agora é nascido do espirito. E no lugar de seu coração de pedra (insensível a Deus) é lhe dado um coração de carne (Capaz de atender ao chamado de Deus). Então desta forma podemos crer que nosso coração posteriormente ao novo nascimento se torna integralmente confiável? A resposta é não!

É verdade que após a regeneração tempos condições de agradar a Deus, mas também é verdade que ainda não experimentamos a redenção por completo, e que ainda não estamos livres totalmente do pecado, pois ainda temos a nossa carne, que por sua vez milita contra o espirito, onde ganha quem for mais alimentado. (Gl 5.17). O fato é que algumas vezes que escutamos nossos corações estamos a escutar O Espirito Santo falando conosco, mas muitas das vezes quem está falando é nossa carne. 


Conclusão Bíblica

É válido confiar em nosso coração não regenerado? Não. É válido confiar em nosso coração regenerado? Sim, mas com o auxilio das Escrituras sagradas para saber se tal intenção ou sensação provém da carne ou se é ação do Espirito Santo.


2. Devemos ter a Palavra revelada de Deus como nossa única regra de Fé e Prática.

Uma das principais bandeiras levantadas pela reforma protestante foi o Sola Scriptura. Principio este que foi abandonado na modernidade pela maioria das instituições que se denominam evangélicas.

Vou citar alguns dos motivos pelos quais devemos estar sujeitos somente a Palavra revelada de Deus como nosso guia:

Pelo testemunho que Cristo dava das escrituras.

Cristo tinha um zelo muito grande pelas escrituras, Jesus fazia questão de afirmar sempre que tudo que Ele fazia era para que se cumprisse “o que estava escrito.” A Bíblia dá testemunho a respeito do Messias, ao mesmo tempo em que Ele testemunhava á cerca das escrituras.

- Pelo testemunho que os escritores inspirados por Deus dava das escrituras.O salmista Davi gastou muito tempo de sua vida escrevendo a respeito da perfeição, da importância e da imutabilidade da Palavra de Deus. Os profetas nos mostram a confiabilidade das profecias contidas neste livro, pois muitas se cumpriram, e algumas ainda se cumprirão. O apóstolo Pedro afirma que embora tudo passe, a Palavra de Deus é eterna. O apóstolo Paulo na sua carta a Timóteo, afirma a autoridade e suficiência das escrituras para toda boa obra.

Conclusão Bíblica

Á vista de que nossa carne muitas vezes quer nos enganar, e que quase sempre não sabemos discernir entre o que provém ou não de Deus, temos que nos apegar firmemente a Bíblia, assim como faziam os Bereanos, que se tornaram exemplos para todos os Cristãos por ter a plena convicção de que a Palavra de Deus, e somente ela é a verdade (At.17-11), pois este é o ensino da própria escritura e de Jesus Cristo, reafirmado pelos reformadores.


3. Nossas boas intenções, podem nos fazer pensar que corremos em direção ao céu, quando na verdade estamos a caminho do inferno.

Em Mateus capitulo 7 Jesus Cristo nos da um panorama assustador. Ele descreve a cena do Juízo final, onde o Deus mostrará toda sua justiça condenando os ímpios ao inferno. Essa já é uma verdade amedrontadora, pois como diria o autor de Hebreus: Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Mas a lição mais assustadora desta passagem de Mateus é que: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. ( Mt 7.22-23 )” 
Percebe o que está acontecendo? As pessoas foram pegas de surpresa. Acharam que teriam a vida eterna, e que seriam absorvidas da condenação. Mas o veredicto de Jesus foi o pior que qualquer ser-humano poderia escutar: “APARTAI-VOS DE MIM!”. O messias acabara de condenar aquelas pessoas a uma eternidade longe da presença dEle, onde haverá choro e ranger de dentes, fogo consumidor, qualquer ausência de satisfação ou prazer. E aquelas pessoas não eram Ateístas, ou budistas, ou de qualquer outra religião. Elas pensavam que eram Cristãs, elas realmente pensavam que estavam indo para o céu, elas eramSINCERAS, mas estavam SINCERAMENTE erradas!

Conclusão Bíblica

Devemos ter muito cuidado, e sempre estarmos nos botando á prova, para sabermos se estamos realmente na fé (2 Co.13-5). E como faremos isto? Meditando na Lei de Deus, nas suas ordenanças e nos seus estatutos. Os livros de 1 e 2 João foram escritos para que os Crentes possam ter certeza Bíblica de salvação, devemos nos aplicar no estudo e compreensão de tais cartas. Pois não basta confessarmos á Jesus como Senhor, mas temos que fazer a vontade de Deus, que está expressa na sua Palavra.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” 
Mateus 7:21


                                   

Como disse alguém:

   “Se tratarmos as escrituras de maneira errada, creremos no deus errado, embarcaremos na salvação errada e vamos parar no CÉU ERRADO.”

Retirado do site:
http://ump-da-quarta.

CORONEL JOÃO DOURADO (1854-1927)

Alderi Souza de Matos João da Silva Dourado nasceu em Caetité, sul da Bahia, no dia 7 de janeiro de 1854. Era filho de João José da Silva Do...