sábado, 16 de março de 2019

QUANDO A BARRAGEM SE ROMPER


Nesta semana, todos nós ficamos tomados de compaixão, junto com as famílias dos mortos e dos quase 300 desaparecidos na tragédia da Barragem de Brumadinho.
Nestes momentos de tragédia e de profunda comoção é que fazemos reflexões sobre a vida e a morte.
Vemos um cenário de dois sentimentos: o primeiro de tristeza, pelas pessoas que pereceram encobertos pela lama; o segundo de alívio, pelas pessoas que de alguma forma conseguiram se livrar da onda destruidora.
Diante desta tragédia terrível fizemos uma reflexão: - Este rompimento em Brumadinho não foi o primeiro rompimento que causou a morte de muitas pessoas.
Alguém vai dizer: - Muito bem! Houve o rompimento da Barragem de Mariana há quase 4 anos!
Também é verdade, mas este não foi o primeiro rompimento que a humanidade já lamentou. O primeiro rompimento foi no dilúvio em Gn 7.

10 E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
11 No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram,
12 e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites.
13 Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos;
Gn 7.10 – 13

É obvio que o contexto do dilúvio de Noé e as barragens de Mariana e Brumadinho são completamente diferentes. O dilúvio foi o juízo de Deus sobre toda a humanidade, algo inevitável; já as barragens de Minas Gerais foram uma tragédia, um incidente que poderia ser evitado.
Embora sejam contextos diferentes há uma curiosidade sobre o dilúvio que se assemelha com o rompimento das barragens de Minas Gerais: as águas não vieram apenas de cima, das chuvas, mas também vieram das fontes (Gn 7.11, 8.2). O termo “fontes do abismo” mostra a possibilidade de que as águas vieram de dentro da terra e não apenas das chuvas. Mais ou menos como um grande chafariz.
A informação de que as águas “cobriram todos os altos montes da terra”, numa altura de 15 côvados acima dos mais altos (quase 7 metros), é uma das provas de que as águas vieram por baixo e não só por cima.
Considerando que o Everest tem cerca de 8.844 metros, então as águas chegaram a 8.851 metros. A esta altura não existiria nuvens. Como poderia haver chuva acima de oito mil metros? As nuvens estariam “chovendo debaixo da água”. Outro detalhe, não há vapor d’água a determinada altura. E mesmo que houvesse, o frio transformaria a água em granizo. O que nos leva a considerar a teoria das “hidroplacas”, que afirma que as águas vieram de placas subterrâneas.1
Segundo Walter Brow, a evidência mais forte é que houve um aumento de pressão de água subterrânea, isso teria promovido uma ruptura da crosta terrestre, lançando violentamente uma enorme mistura de água e terra, ou seja, um lamaçal.2
Contemplando estas semelhanças, vemos que houve um rompimento de uma barragem muito antes de Mariana ou Brumadinho, o dilúvio de Noé.
Vendo os noticiários, percebemos a preocupação das autoridades e também da população na fiscalização pra que não se rompa mais nenhuma outra barragem. Todas as barragens estão sob vigilância máxima. Porém, infelizmente, não vemos a mesma preocupação com uma “barragem” que ainda vai se romper, e não terá como impedi-la.
Existe uma barragem que será rompida e que matará muito mais pessoas que em Mariana e em Brumadinho, e seu rompimento será inevitável. Estou falando da volta do Senhor Jesus!
Ele virá e isso será inevitável! Quando as “barragens” dos céus se romperem, então virá uma onda de juízo sobre a terra.
As palavras de Jesus, em Mateus 24, mostram que a sua volta será semelhante ao que aconteceu nos dias de Noé. Hoje podemos dizer que também será semelhante aos dias de Mariana e Brumadinho, vejamos:

37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.
38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.
40 Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro;
41 duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
42 Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.
43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
44 Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.
Mt 24.37 – 44

Quando a “barragem dos céus” se romperem:
1)     Sua volta será repentina e inesperada
Assim como nos dias anteriores ao dilúvio, onde as pessoas comiam, bebiam, e viviam tranquilamente, assim também foi no caso de Mariana e Brumadinho, ninguém estava esperando que isso acontecesse, muitos estavam almoçando por volta do meio-dia.
Ninguém sabe o dia nem a hora que o Senhor voltará. Ele mesmo disse que virá como ladrão, e que seríamos pegos de surpresa.
A volta dele pode ser tão repentina que você pode não terminar de ler este texto.
A morte repentina das vítimas em Brumadinho nos faz refletir que a volta do Senhor será tão rápida como foi aquela onda de lama que desceu os vales.

2)     A vigilância deve ser constante
Em Brumadinho, algumas trombetas e sirenes foram instaladas na região, para que no caso do rompimento da barragem elas fossem acionadas. Essas trombetas não funcionaram como previsto.
No caso da volta do Senhor Jesus, ninguém será avisado minutos antes para poder se preparar. Não haverá um aviso prévio pra você se arrepender minutos antes. Portanto a vigilância deve ser constante.

3)     Podemos ser trombetas que funcionam
Aquelas trombetas não funcionaram, mas nós, que somos cristãos, podemos ser “trombeteiros” e “atalaias” para avisar que uma “onda” de juízo de Deus cairá sobre a terra. Podemos ser estas trombetas através do evangelismo e da missão.
Deu pra perceber o que acontece quando uma trombeta não funciona.
No caso da volta do Senhor a catástrofe será pior, no caso de não levarmos o evangelho a toda criatura. Todos os que não estão em Cristo estão condenados a morte eterna.

7 A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte.
Ez 33.7

A missão não é uma opção, é uma ordem!
Quem de nós que, vendo o mar de lama descendo os vales em Brumadinho, não avisaria as pessoas ao seu redor que elas deveriam correr para se salvar? Creio que todos nós avisaríamos o máximo de pessoas.
Se avisaríamos a todos quantos pudéssemos da lama de Brumadinho, quanto mais sobre o juízo de Deus, que acontecerá no evento de sua volta.
Infelizmente as vítimas das últimas tragédias não conseguiram ser avisadas.
Vá e evangelize! Seja uma sirene que funciona!

Este breve texto tem a intenção de causar uma reflexão pessoal em cada leitor:
a)     Se você está despercebido, acorde agora mesmo, você pode ser pego de surpresa.
b)     Se você está vivendo como se Jesus não fosse voltar, cuidado! Pare agora mesmo e volte ao Caminho.
c)     Não espere ser tarde demais.
d)     Seja uma trombeta que funciona pra alertar as pessoas.

Conclusão
Se ficarmos vigilantes e não formos pego de surpresa na volta gloriosa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como Noé, entraremos na arca da salvação com toda a nossa família e seremos preservados de vivermos uma grande tragédia.

Sobre Brumadinho
Estejamos orando pelas pessoas que estão desaparecidas e pelos familiares para que sejam consolados!

Bp. Tarles Elias

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