quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Solidão custa caro!



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A solidão é considerada como um flagelo oculto da vida moderna. O conhecido professor da Universidade Harvard, Robert Waldinger afirma que “A solidão mata. É tão forte quanto o vício em cigarros ou álcool”, outros estudos afirmam que o grande problema do ser humano não é o colesterol aos 50, mas a ausência de relacionamentos significativos aos 50. 

Para Waldinger, o fator “relacionamento é o mais importante para a felicidade”. "O que descobrimos é que, no caso das pessoas mais satisfeitas em seus relacionamentos, mais conectadas ao outro, seu corpo e cérebro permanecem saudáveis ​​por mais tempo", afirma o acadêmico americano. Por isto precisamos prestar mais atenção nos nossos próprios relacionamentos, não só em casa, mas no trabalho e na sociedade. “"A tendência é nos isolarmos, ficar em casa para ver televisão ou nas redes sociais. Mas, na minha própria vida, eu percebi que sou mais feliz quando não estou fazendo isso".

Pesquisadores avaliaram que a força dos relacionamentos reduz a necessidade de vícios e freiam a degeneração mental durante a velhice. A chave para a velhice saudável são os relacionamentos.

O governo britânico foi além. Resolveu criar o “ministério da solidão”, e não fez isto por sensibilidade emocional e boa vontade política, mas porque, do ponto de vista financeiro, solidão custa caro! Recentemente foi nomeada uma ministra para tratar destes assuntos, e nas feiras livres do país é comum encontrar pessoas assalariadas pelo governo, cuja função é servir de “conectores comunitários”. Estima-se que a metade das pessoas de 75 anos ou mais – que são cerca de 2 milhões no Reino Unido – vivem sozinhas, muitas delas sem se relacionar com outras pessoas durante dias, inclusive semanas, e afeta mais de 9 milhões de britânicos. O objetivo é combater a solidão no país, problema associado a demência, mortalidade prematura e pressão sanguínea alta. Um relatório divulgado no ano passado indicou que o impacto negativo da solidão sobre a saúde pode ser semelhante ao de fumar 15 cigarros por dia.

Entre muitos fatores dois cooperam tremendamente para a solidão. Primeiro, a condição financeira. Pessoas ricas embora sejam cortejadas e admiradas, vivem vida mais solitária, pois se relacionam geralmente com as pessoas de forma burocrática e funcional. Michael Jackson certa vez declarou que era “a pessoa mais solitária do mundo”.

Outro fator, é o distanciamento comunitário. A Inglaterra sempre foi um país com forte experiência religiosa. Cultos, missas, encontros de igreja e associações, tendem a unir pessoas e quebrar a solidão. Centros comunitários, atividades em comum, solidariedade e envolvimento em projetos sociais nos livram da armadilha de uma vida ensimesmada e solitária.

Scott Peck, conhecido psiquiatra americano, relata em seu livro “The different drum”, sua própria solidão, e como seu envolvimento em uma comunidade cristã em Connecticut o livrou do solitário desespero. Por isto, sua primeira frase neste livro é: “Em comunidade encontra-se nossa esperança”.

Rev Samuel Vieira.

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