quinta-feira, 22 de outubro de 2009

AVIVAMENTO

O trecho abaixo foi retirado do livro "Avivamento Urgente", escrito por Hernanddes Dias Lopes, publicado pela editora Betânia.


Em tempos de avivamento, a igreja não se satisfaz com nada menos do que o próprio Deus. Deus é a sua busca, sua sede, seu alvo, sua meta, sua paixão.

Hoje instalou-se na igreja um deserto. Em muitos lugares, a vida da igreja parece o deserto do Saara, sem as águas do Nilo. Tudo é aridez, sequidão. Não há verdor, não há vida exuberante, não há fruto. Há estiagem e sequidão espiritual. Há um agreste cinzento. Muitos de nós levam uma vida vazia. Estamos desfalecendo. Estamos estiolados.

Temos tudo: templos modernos, boa organização, púlpitos eruditos, conjuntos corais maravilhosos, mas nossa alma está murcha. Ela só se satisfaz com a intimidade de Deus. Temos necessidade de Deus. Carecemos do orvalho fresco do céu (Os 14:5).

"Como o corpo necessita de pão e os rios correm para o mar, como as águias tem sede das alturas, e as flores carecem do orvalho e do sol, nossa alma busca ansiosamente por Deus". Criada por Deus, vivificada pelo Seu sopro, a nossa alma clama por Deus. "... a minha alma anseia por ti como terra sedenta". (Sl 143:6) "Ó Deus ... eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja numa terra árida, exausta, sem água" (Sl 63:1).

Essa sede de Deus vai além da moralidade, do bom comportamento social, do religiosismo. É mais do que ortodoxia teológica; mais do que ser membro da igreja; mais do que trabalhar na igreja e ter ali importantes cargos de liderança.

Intimidade com Deus é viver com Deus. É viver em Deus. É viver para Deus. É ser tragado por Deus. É abeberar-se de Deus. É mergulhar no inesgotável oceano da comunhão com Deus.

Conhecemos nós essa sede de Deus? Nosso coração o anseia? Nossa alma clama pela presença de Deus? Temos orado para que Deus resplandeça sobre nós o seu rosto? Desejamos o Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã? Temos buscado mais a Deus do que os prazeres, do que o dinheiro e do que a fama? Temos nós priorizado mais o Senhor da obra do que a obra do Senhor? Temo-nos reclinado no peito de Jesus? Temo-nos assentado aos seus pés? Temos feito de Deus o nosso maior tesouro, a nossa suprema herança, o maior deleite da nossa alma?

Jonathan Edwards, aos vinte anos, dedicou-se inteiramente a Deus, e o fez por escrito. Embora fosse o maior teólogo do seu tempo, orava com sofreguidão, com o rosto banhado em lágrimas, buscando conhecer a intimidade de Deus. Porventura não é essa a marca de todos aqueles que experimentaram o avivamento na própria vida?

O grande sinal do avivamento é que o povo sempre quer mais de Deus. Como Moisés, mesmo depois de estupendas revelações no Sinai, ainda queria mais, esperava mais, buscava mais, ainda pedia para ver a glória de Deus.

No avivamento, o nosso coração não se distrai com banalidades. Paulo disse que os seus troféus do passado, ele os considerava como refugo, esterco, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo (Fp 3.8). "... para mim o viver é Cristo...", disse ele (Fp 1:21).

E para você, leitor, Deus é o maior prazer da sua vida? Você se deleita na contemplação da bondade de Deus? Deus é o centro das suas conversas? Deus é o conteúdo das suas aspirações? Você conhece a intimidade de Deus? Já experimentou o derramamento de amor de Deus em seu coração? Já foi banhado pelo óleo da alegria indizível e cheia de glória da presença do Espírito em seu coração? Já ficou extasiado de gozo diante da meditação e compreensão das insondáveis riquezas de Cristo?

Que o nosso coração corra agora para o Deus vivo, manancial de águas vivas! (Jr 2:13

CORONEL JOÃO DOURADO (1854-1927)

Alderi Souza de Matos João da Silva Dourado nasceu em Caetité, sul da Bahia, no dia 7 de janeiro de 1854. Era filho de João José da Silva Do...